SEMINÁRIO + LEITURA DE POEMAS
Poetas Brasileiros da Resistência em Portugal: Encontro com Ronaldo Cagiano e Fred Maia
20 de novembro de 2020, 15h00 (GMT)
Evento em formato digital
Moderador/Comentador da Sessão: Boaventura de Sousa Santos (CES)
Apresentação
Os dois poetas irão reflectir sobre a situação que os levou a sair do Brasil e a escolher Portugal para viver e escrever. Quais são as implicações poéticas e políticas das suas circunstâncias criativas?
[Inscrição gratuita, mas obrigatória > AQUI]
Organização: Graça Capinha e Patrícia Silva, no âmbito do Programa de Doutoramento "Discursos: Cultura, História e Sociedade" (FLUC/FEUC/CES).
Notas biográficas
Ronaldo Cagiano nasceu em Cataguases, Minas Gerais, formou-se em Direito e foi bancário da Caixa Econômica Federal, tendo vivido 28 anos em Brasília e 10 em São Paulo e está radicado em Portugal. Colabora, escrevendo resenhas e artigos em diversos jornais e revistas do Brasil e exterior. Estreou com Palavra engajada (poesia, 1989) e dentre as obras publicadas, destacam-se: Dezembro indigesto (contos - Prêmio Brasília de Produção Literária 2001), Dicionário de pequenas solidões (contos, Ed. Língua Geral, Rio, 2006), Moenda de silêncios (novela juvenil, em parceria com Whisner Fraga, Ed. Dobra, SP, 2012), O sol nas feridas (Poesia, Ed. Dobra, SP, 2013 - finalista do Prêmio Portugal Telecom 2013), Eles não moram mais aqui (Contos, Ed. Patuá, SP, 2015 - Prêmio Jabuti 2016), publicado em Portugal pela Ed. Gato Bravo, 2018; Observatório do caos (poesia, Ed. Patuá, SP, 2016/Ed. Gato Bravo, Lisboa, 2018), O mundo sem explicação (Poesia, Ed. Coisas de Ler, Lisboa, 2019). Organizou as coletâneas Antologia do conto brasiliense (Projecto Editorial, DF, 2001), Poetas mineiros em Brasília (Varanda Edições, DF, 2002), Todas as gerações — O conto brasiliense contemporâneo (LGE, Editora, DF, 2006) e Os pecados predilectos (coletânea de poesia de Inês Lourenço, Ed. Jaguatirica, Rio, 2019).
Fred Maia nasceu em Oeiras, no Piauí, em 1956. É formado em jornalismo e pesquisador doutorando em Sociologia da Cultura, na Universidade Nova de Lisboa. Profissional com vasta experiência na formulação e administração de políticas públicas nas áreas de assistência social, saúde, educação e cultura. Trabalhou como gerente de articulação nacional e assessor especial de gabinete dos Ministros Gilberto Gil e Juca Ferreira, no Ministério da Cultura. Publicou Um Rock por Nada (Editora Arte Pau Brasil, São Paulo); eupor (Editora Nômades, São Paulo); Mais que imperfeito (Ame o Poema Editora, Porto Alegre) e o ensaio Plínio Marcos: A crônica dos que não têm voz (Boitempo Editora, São Paulo), em parceria com Vinicius Pinheiro e Javier Contreras. Fred Maia é poeta, letrista e vive em Almada, desde 2012.
Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra, em 1940. Director Emérito do CES, professor jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison, é mundialmente conhecido pela sua vasta obra como cientista social e pelas suas intervenções públicas enquanto intelectual ativista. É autor ou organizador de mais de 60 livros em várias línguas e coordenador de inúmeros projetos de investigação. Tem lecionado em diversas universidades da Europa, das Américas, da África e da Ásia. Entre as distinções e prémios que recebeu, destacam-se a Distinção Sócrates, pela Faculdade de Direito da Universidade de los Andes (2012); Prémio México de Ciência e Tecnologia 2010; Prémio Gulbenkian de Ciência (1996); Prémio Pen Club Português, Ensaio (1994); Prémio Harry J. Kalven Jr., pela Law and Society Association (2011).
A escrita de poesia foi sempre acompanhando o labor do académico e intelectual público, tendo-se estreado com Antologia de poesia universitária (Lisboa: Portugália, 1962). Publicou em seguida O rosto quotidiano (Coimbra: Almedina, 1966), Têmpera (Coimbra: Centelha, 1980), Madison e outros lugares (Porto: Afrontamento, 1989), Viagem ao centro da pele (Porto: Afrontamento, 1995), Escrita INKZ – Anti-manifesto para uma arte incapaz (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2004. Também publicado em Portugal pelas Edições Afrontamento, em 2007), Janela presa no andaime (Belo Horizonte: Scriptum, 2009); Rap global (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2010), Falta de ar em plena estação (São Paulo: Escrituras Editora, 2012), Pomada em pó. Poemas epigramáticos (Rio Tinto: Lugar da Palavra Editora, 2013), e 139 Epigramas para Sentimentalizar Pedras (Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2015); Crônicas de Acabária (Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2017); Manifesto Antipteridófitas (Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2017); Escrita INKZ – Anti-manifesto para uma arte incapaz, Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2019 (2ª edição); Rap global, Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2019 (2ª edição).