CES Summer School

Epistemologias do Sul VI

25 de junho a 3 de julho de 2020 (CANCELADO)

Curia (Portugal)

Coordenadores/as das Sessões

 

 

Boaventura de Sousa Santos

Boaventura de Sousa Santos é professor de sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Distinguished Legal Scholar na Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar na Universidade de Warwick. É o Diretor Científico do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça. Dirige o projeto ALICE – Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas. Publicou largamente sobre os processos de globalização, o direito e a justiça, o Estado, epistemologia, democracia e direitos humanos, em português, espanhol, inglês, italiano, francês e alemão. Entre as suas publicações recentes mais relevantes em português encontram-se: Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos (Cortez Editora, 2013); Epistemologias do Sul , (Cortez, 2012);Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (Boitempo, 2007); A gramática do tempo. Para uma nova cultura política (Afrontamento, Cortez, 2006); Fórum Social Mundial: Manual de Uso (Cortez, Afrontamento, 2005); A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência (Afrontamento, Cortez, 2000). > saber mais

 
Bruno Sena Martins

Bruno Sena Martins é Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES). Actualmente, desempenha no CES as funções de Vice-presidente Conselho Científico e de Co-coordenador no Programa de extensão académica "O Ces vai à Escola." É ainda Co-coordenador do Programa de Doutoramento "Human Rights in Contemporary Societies." É docente no Programa de Doutoramento "Pós-colonialismos e cidadania global." Entre 2013 e 2016, foi Co-coordenador do Núcleo "Democracia, Cidadania e Direito" (DECIDe). É Licenciado em antropologia e doutorado em sociologia. Os seus temas de interesse preferenciais são o corpo, a deficiência, os direitos humanos e o colonialismo. No âmbito da sua pesquisa realizou trabalho de campo em Portugal, na Índia e em Moçambique, mantendo ainda estreitas ligações com a academia Brasileira. Realizou dois filmes documentais de divulgação científica. Em 2006, foi galardoado com Prémio do Centro de Estudos Sociais para Jovens Cientistas Sociais de Língua Oficial Portuguesa. Em 2007, esteve como Research Fellow no Centre for Disability Studies (CDS), na School of Sociology and Social Policy da Universidade de Leeds.saber mais

 
Cristiano Gianolla
Cristiano Gianolla estudou informática, filosofia (BA), filosofia política (MA), direitos humanos e democratização (E.MA), sociologia e Ciência Política (PhD) em Itália, Alemanha e Portugal. As suas áreas de especialização centram-se nas teorias democráticas e a sua relação com o Sul metafórico, diálogo intercultural, cosmopolitismo e pós-colonialismo. Trabalhou na área de Tecnologia de Informação e Comunicação, assim como por Organizações não-Governamentais, Instituições Internacionais e na Academia em diferente países. Desde 2011 até 2017 foi investigador júnior no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra aonde integrou a equipa do Projeto ALICE (ERC). A partir do 2017 è investigador do mesmo centro e actualmente integra a equipa do projecto ECHOES (Horizon 2020). É autor de dois livros e de vários artigos científicos.> saber mais
 
Fado Bicha (Lila Fadista e João Caçador)
O Fado Bicha é um projeto musical e ativista composto por Lila Fadista (voz) e João Caçador (guitarra elétrica e outros instrumentos). O projeto, em todas as suas vertentes (temática, lírica, visual, musical), assenta sobre uma premissa de subversão da regra heteronormativa. Mais ainda quando a matriz de referência e a matéria sobre a qual trabalham é o fado, um estilo musical conservador nutrido por um meio tradicionalista. Através da alteração de poemas já cantados e da criação de novos, criam-se espaços para a experimentação de narrativas não normativas no que toca ao género e à sexualidade. É fado até ao tutano, intenso e rasgado, e é bicha porque usa a subversão como linguagem de identidades tão pouco representadas.
 
João Arriscado Nunes

João Arriscado Nunes é Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, co-coordenador do Programa de Doutoramento "Governação, Conhecimento e Inovação" e Investigador do CES. Foi Pesquisador Visitante na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas dos estudos de ciência e de tecnologia (em particular, da investigação biomédica, ciências da vida e da saúde pública, da relação entre ciência e outros modos de conhecimento), da sociologia política (democracia, cidadania e participação pública, nomeadamente em domínios como ambiente e saúde) e teoria social e cultural (com ênfase no debate sobre as "duas culturas"). Mais recentemente, coordenou os projectos de investigação "Avaliação do estado do conhecimento público sobre saúde e informação médica em Portugal", no âmbito do Programa Harvard Medical School - Portugal e "BIOSENSE". Coordenou e participou em vários projectos nacionais e internacionais. Co-organizador dos livros Enteados de Galileu: A Semiperiferia no Sistema Mundial da Ciência (Porto: Afrontamento, 2001); Reinventing Democracy: Grassroots Movements in Portugal (London: Frank Cass, 2005) e Objectos Impuros: Experiências em Estudos Sobre a Ciência (Porto: Afrontamento, 2008) e autor de publicações diversas. > saber mais

 
José Manuel Mendes

José Manuel Mendes é Professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador no Centro de Estudos Sociais. A sua investigação tem-se centrado nas áreas das desigualdades, da mobilidade social, dos movimento sociais e da ação coletiva. Mais recentemente, o seu principal foco de trabalho incide sobre as questões do risco e da vulnerabilidade social. É co-coordenador do Observatório do Risco (OSIRIS) e do Centro de Trauma, ambos criados no âmbito do CES. Entre as suas publicações mais recentes, destacam-se Os lugares (im) possíveis da cidadania. Estado e risco num mundo globalizado (co-organizado com Pedro Araújo, Almedina, 2013) e Do ressentimento ao reconhecimento: vozes, identidades e processos políticos nos Açores (1974- 1996) (Afrontamento, 2003). > saber mais

 
Maria Paula Meneses

Maria Paula Meneses é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É também membro do Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança, em Moçambique. De entre os temas de investigação com que trabalha atualmente assumem destaque os debates pós-coloniais; o pluralismo jurídico com especial ênfase para as relações entre o Estado e as "autoridades tradicionais" no contexto africano; e o papel da história oficial, da memória e das "outras" histórias no resgate de um sentido mais amplo de pertença no campo dos processos identitários contemporâneos, especialmente no contexto geopolítico africano.
Maria Paula Meneses tem lecionado em várias universidades, entre as quais estão a Universidade de Sevilha (Espanha); a SOAS (Reino Unido); a Universidade de Bayreuth (Alemanha); e a Universidade Federal Fluminense (Brasil).
Das suas obras publicadas destacam-se: O Direito por fora do Direito: as instâncias extra-judiciais de resolução de conflitos em Luanda (Co-organizado com Júlio Lopes, Almedina, 2012); Epistemologias do Sul (co-organizado com Boaventura de Sousa Santos, Cortez, 2012); Law and Justice in a Multicultural Society: The Case of Mozambique (co-organizado com Boaventura de Sousa Santos e João Carlos Trindade, CODESRIA, 2006). > saber mais

 
Mick Mengucci
Músico, performer e engenheiro de multimédia. Italiano a residir em Lisboa desde 1998, combina habilitações científicas e académicas com a música, a poesia e a arte. Trabalha como animador e cantor em várias bandas e coordena projetos artísticos que aliam a spokenword à interação multimédia. Com um doutoramento em  processamento de imagem digital pelo IST, a sua investigação tem-se centrado na área da interação digital para o desenvolvimento de sistemas e instalações interativas para eventos, performances e dispositivos SSD (sensory substitution devices). Dinamiza workshops em escolas em torno da poetry slam, das artes digitais e da musicalidade em colaboração com outros profissionais e artistas através do Lab.I.O. – Laboratório de Interação e Oralidade. Organiza  eventos de Poetry Slam desde 2010.  Slammer por paixão e declamador de textos, tem emprestado a voz para dobragens e ocasionalmente trabalha como ator. Tem colaborado com músicos de origens e influências diversas > saber mais
 
Raquel Lima
Raquel Lima nasceu em 1983 (Lisboa). Licenciada em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, trabalha no Centro de Estudos Comparatistas da mesma faculdade. É atualmente aluna de Doutoramento do Programa Pós-Colonialismos e Cidadania Global (CES-FEUC) na Universidade de Coimbra. A sua investigação centra-se em literatura, tradição oral, subalternidades, diásporas e feminismos. Colaborou em diversas estruturas artísticas enquanto gestora cultural, na área da dança contemporânea, teatro, música, literatura, arquitetura, performance, cinema e artes visuais. Em 2011 fundou a Associação Cultural Pantalassa para a mobilidade artística no espaço lusófono. Escreve poesia para ser dita, tendo participado em vários eventos nacionais e internacionais dedicados à palavra e ao spokenword, em Itália, França, Polónia, Reino Unido, Bélgica, Brasil, Estónia, Espanha, Holanda, São Tomé e Príncipe, Suécia e Suiça. Publicou os seus poemas em fanzines, antologias poéticas e coletâneas de literatura experimental, como as Edições Côdeas, o 3,2,1,SLAM!, Fazedores de Letras, Poetas do Povo, a fanzine feminista PPKDanada e antologia Crazy Tartu. Enquanto formadora de workshops de Poesia destaca o Slam São Tomé, no âmbito da residência artística ‘Portugal Contemporâneo com São Tomé e Príncipe’, o projeto ‘Palavra Dita e Feita‘ em Lisboa e no Porto, o 1º Poetry Slam Lusófono no âmbito da IV Bienal de Culturas Lusófonas e o Workshop ‘Poesia e Género’ em Tartu, Estónia (2015) e São Paulo, Brasil (2017). Entre 2012 e 2017 fez a Coordenação Geral do PortugalSLAM – Plataforma e Festival Internacional de Poesia e Performance. > saber mais 
 
Sara Araújo

Sara Araújo é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e uma das coordenadoras da Escola de Verão. Doutorou-se em Sociologia do Direito com uma tese sobre pluralismo jurídico e Epistemologias do Sul. Fez parte da equipa de coordenação do Projeto Alice, hoje transformado em Programa de Investigação em Epistemologias do Sul. Pertence ao coletivo que coordena a Universidade Popular dos Movimentos Sociais na Europa. Fez parte do Observatório Permanente da Justiça (2003-2005), foi membro da equipa de investigadores/a do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Moçambique (2005-2006) e investigadora associada do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (2008-2010). Foi co-organizadora do livro A dinâmica do pluralismo jurídico em Moçambique (2014) e publicou vários artigos em revistas científicas sobre a justiça em Moçambique e a descolonização do Estado e do direito. É co-autora de dois capítulos no livro Retratos da justiça moçambicana: Redes informais de Resolução de conflitos em espaços urbanos e rurais (Org. André Cristiano José, 2016); autora, entre outros, de um capítulo no livro A ciência ao serviço do Desenvolvimento? Experiências de países africanos falantes de língua oficial portuguesa (org. Teresa Cruz e Silva e Isabel Casimiro, 2015), um capítulo no livro In Search of Justice and Peace. Traditional and Informal Justice Systems in Africa (Org. Manfred Hinz e Clever Mapaure, 2012); e um capítulo no livro Pluralismo Jurídico. Os novos caminhos da contemporaneidade (Org. Antônio Wolkmer, 2010). Os seus interesses de investigação incluem pluralismo jurídico, constitucionalismo transformador, cartografias jurídicas pós-abissais, direitos humanos e interculturalidade, educação popular, ecologia de saberes e de justiças. Tem experiência de trabalho de campo em Portugal, Moçambique e Timor-Leste  > saber mais

 
Teresa Cunha

Teresa Cunha nasceu no Huambo em Angola e vive em Coimbra, Portugal. Doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra. Realiza um projecto pós-doutoral sob o título: Women InPower Women. Democracy, dignity and good-living in Mozambique, South Africa and Brazil. É investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É Professora na Escola Superior de Educação de Coimbra, Formadora Sénior dos Centros Europeus de Juventude do Conselho da Europa e presidente da ONGD 'Acção para a Justiça e Paz'. Estudou teologia, filosofia, ciências da educação e sociologia. Os seus interesses de investigação são feminismos e pós-colonialismos no Índico; mulheres transição pós-bélica, seguranças e memórias; economias feministas; direitos humanos. Publicou os seguintes livros: Ensaios pela Democracia. Justiça, dignidade e bem-viver; Elas no Sul e no Norte; Vozes das Mulheres de Timor; Timor-Leste: Crónica da Observação da Coragem; Feto Timor Nain Hitu - Sete Mulheres de Timor; Andar Por Outros Caminhos; Raízes da ParticipAcção, para além de artigos em revistas científicas e capítulos de livros em vários países e línguas. > saber mais

 
Tshepo Madlingozi 
Director of Wits Centre for Applied Legal Studies University of the Witwatersrand, Johannesburg. Tshepo Madlingozi holds a PhD from the University of London, as well as two Masters degrees in law and sociology from the University of Pretoria, where he has been based for over 16 years. He has shown a deep commitment to social justice not only through his teaching and extensive publication record, but also in his activism. Over the past 13 years, he served as the national advocacy co-ordinator and a board member of the Khulumani Support Group, which represents over 85,000 victims and survivors of apartheid-era gross human rights violations. In addition to his work at Khulumani, Madlingozi has served on the boards of a number of human rights and social justice organisations, including the Centre for Human Rights, University of Free State; the Socio-Economic Rights Institute of South Africa; Zimbabwe Exiles Forum; the Council for the Advancement of the South African Constitution and amandla.mobi. He has also consulted for the Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights and the Pan-African Parliament and was appointed to the Advisory Committee of the South African Law Commission: Project 25 on Statutory Law Revision.