Esculpindo a Democracia Iliberal Húngara em pedras: a recriação do passado na Praça Kossuth desde 2010

Orientação: Rui Cunha Martins, Paula Abreu, Péter Apor e Anna Wessely

Programa de Doutoramento: Discursos: Cultura, História e Sociedade

Financiamento: FCT

Desde 2010, as instituições democráticas têm sido utilizadas para legitimar o uso político da história em benefício da agenda ultraconservadora e populista do governo de Viktor Orbán na Hungria. Este trabalho investigará se (e como) as instituições e o rito democrático falharam em proteger o patrimônio, a memória coletiva, a historiografia e a contemporaneidade da Praça Kossuth, endereço do parlamento húngaro, das narrativas (re)criadas pela Democracia Iliberal Húngara. A concepção, aprovação e execução do Steindl Imre Program foi o caso escolhido para análise. Um híbrido de métodos qualitativos e saberes da ciência política, história, sociologia e estudos culturais será utilizado para interpretar um dos mais longos e bem-sucedidos governos populistas de direita do século XXI. Este trabalho não pretende documentar a história da praça ou de seus monumentos, mas demonstrar como a materialidade e simbolismos, individual e coletivos, resultantes representam mais a democracia iliberal do que a própria nação.