O Nacionalismo Partidário como "Nosso impensado"? Estado-Nação, Poder e Memória em Angola no pós-guerra civil

Orientação: Maria Paula Meneses e Jean-Michel Mabeko-Tali

Programa de Doutoramento: Pós-Colonialismos e Cidadania Global

Com o término da longa guerra civil (1975-2002) e a consolidação da Paz, o poder e a influência do partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) ganharam diferentes contornos em todo o país, de modo a se constituir como a maior referência política dos anseios do povo angolano, consolidando sua força e projeto hegemônico na sociedade. A hegemonia política do pós guerra permitiu ao MPLA forjar um projeto de nação à sua imagem, o que se reflete em uma noção de angolanidade frágil, visto que não abrangeu um processo (re)conciliatório de facto, entre os movimentos políticos que protagonizaram as lutas de libertação e, consequentemente, não contemplou suas diferentes expectativas a respeito do que deveria ser a noção de nação, a partir da angolanidade. O objetivo deste projeto é estudar, a noção de angolanidade, na contemporaneidade, a partir do conceito de nacionalismo partidário em Angola, focando na hegemonia do MPLA na construção da identidade nacional no período pós-guerra (2002-2022), enquanto disputa de narrativas e memórias políticas.