Eixos

  1. Capitalismo, financeirização e formas de economia política na periferia europeia
    Partindo da natureza interdisciplinar da economia política, assume-se que a vida material e a governação são moldadas por fatores sociais, políticos, jurídicos, culturais, tecnológicos e ecológicos. Valoriza-se a variedade institucional e a natureza dinâmica da economia, salienta-se a importância dos sistemas de produção e de provisão e procura-se compreender os factos e os processos que melhor caraterizam uma economia periférica europeia como é a portuguesa.
    Palavras-chave: financeirização, europeização, economia portuguesa, território, metropolização, sistemas de provisão, habitação
  1. Dinâmicas internacionais centro-periferia
    Estudam-se as dinâmicas internacionais presentes nas relações centro-periferia (ou de periferização), as desigualdades e as hierarquias internacionais, o papel das organizações internacionais, analisando os instrumentos de resposta a crises, como as políticas públicas nacionais e internacionais de apoio ao desenvolvimento e de construção da paz, bem como de ação humanitária.
    Palavras-chave: periferização, hierarquias internacionais, organizações internacionais
  1. Trabalho, emprego e formas de organização da produção
    Estuda-se a complexidade do trabalho como dimensão estruturante da vida contemporânea, focando as interseções que estabelece, a montante e a jusante, com o contexto económico e financeiro, com o papel do Estado e das suas instituições. Pressupõe-se a complexidade das dinâmicas e das identidades individuais e coletivas e dá-se atenção às implicações da intensificação de novas formas de organização do trabalho (como a digitalização, o teletrabalho ou a robotização).
    Palavras-chave: sindicalismo, relações laborais, robotização, economia digital
  1. Estado e democracia política
    Analisa-se a estrutura e os papeis que o Estado foi assumindo ao longo das últimas décadas, examinado as funções que desempenha, a evolução das formas de poderes, a formulação das políticas e as tensões que se têm estabelecido entre espaço público e poderes privados. Dá-se destaque à provisão pública, à capacidade de regulação e à garantia do que é essencial, tanto do ponto de vista material como institucional para a criação de um quadro democrático em que se valorize a participação e a ação coletiva.
    Palavras-chave: governação, autonomia, processos de decisão coletiva
  1. Democracia económica e reprodução social
    Estudam-se as estruturas institucionais da economia e da sua capacidade de satisfazer as necessidades coletivas, superar vulnerabilidades e enfrentar as desigualdades de género, de classe, de etnia ou de inclusão social. Ao mesmo tempo, demonstra-se a relevância de uma ética do cuidado para uma organização mais robusta da economia e da sociedade, para a coesão social e para a valorização das relações de proximidade baseadas nos princípios da comunidade e da diversidade, por oposição aos do individualismo e da indiferença.
    Palavras-chave: autodeterminação, solidariedade, equidade, economia social, economia política feminista, ética do cuidado