Ciclo de Seminários
Economias Feministas Camponesas
1 de fevereiro - 16 de maio de 2024
Online
Entidades envolvidas/Entidades involucradas:
Articulação das Mulheres Negras do Baixo-Sul da Bahia, Brasil
Associação da Comunidade do Assentamento Dandara dos Palmares, Camamu-BA, Brasil
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal
Centro de Investigação para a Paz Gernika Gogoratuz, País Basco, Espanha
Colectiva Internacional Ecologias Feminista
Colmayor de Antioquia, Colômbia
Grupo de Mulheres de Partilha de Ideias de Sofala, Moçambique
União Nacional de Camponeses, Moçambique
Universidade de Antioquia, Colômbia
Universidade La Salle, Colômbia
Universidade de Deusto, País Basco, Espanha
Universidade do País Basco, Espanha
Universidade de Sevilha, Andaluzia, Espanha
Universidade Federal de Viçosa, Brasil
Apresentação
As escolas ‘Ecologias Feministas’ são espaços de reflexão colectiva sobre saberes e práticas de mulheres de diferentes realidades, de forma a articular velhas e novas resistências e imaginar alternativas. É um espaço de aprendizagem que pretende ultrapassar os limites estruturais do pensamento académico, estabelecendo um diálogo horizontal com os saberes que se cozinham nas panelas do quotidiano, que brotam das lágrimas de raiva das mulheres que lutam pelos seus direitos, que se tecem entre redes de apoio mútuo e de reciprocidades não simétricas entre elas.
Partimos de uma análise feminista na qual afirmamos que existem três grandes sistemas de opressão que actuam em conjunto articulando-se. São eles o capitalismo, o colonialismo e o heteropatriarcado. Cada um destes sistemas reforça o carácter destrutivo e violento dos demais. Actualmente, o capitalismo revela a sua face mais selvagem ao pilhar os recursos naturais, os bens comuns da humanidade, ao explorar intensamente as pessoas e a sua força de trabalho, ao alimentar a voraz indústria da guerra e ao poluir o planeta, tornando cada vez mais inviável o direito a viver em paz e com dignidade. O capitalismo e o heteropatriarcado continuam a impor à maioria das mulheres a obrigação de realizar todo o tipo dos trabalhos do cuidado lar e na comunidade, sem remuneração nem reconhecimento. Porém, argumentamos que são estes trabalhos incansáveis de cuidar que produzem e garantem, incessantemente, as condições sem as quais a vida não poderia acontecer. Por isso afirmamos que os trabalhos dos cuidados são os mais produtivos de todos. Sabendo isso, o capitalismo, desde a sua génese apropriou-se deles remetendo-os para a esfera do privado inventando a ‘dona de casa’ devotada à sua própria opressão, acreditando que não pode fugir desta sua ‘natureza’ e que trabalha todas as horas necessárias sem reclamar pagamento e agradecimento. Por outro lado, invisibilizou ou mercantilizou a baixo preço todos os demais trabalhos de cuidado no âmbito da comunidade, mais uma vez realizados por mulheres; do cuidado com os seres não-humanos do entorno; da produção de alimento; e da manutenção dos sistemas ecológicos que nos permitem continuar a viver na nossa Casa Comum, a Terra. Assim, estabeleceu a base da acumulação capitalista que continua a ser um privilégio dos 1% contra os 99% (Shiva, 2019). Reitera todos os dias a inferioridade das mulheres tanto social como simbolicamente e procura domesticar as ideias feministas e os seus movimentos que, com enorme potencial subversivo, dedicados à transformação radical da vida quotidiana (Federici, 2020: 255) lutam por alternativas substantivas ao apartheid ontológico, social patriarcal.
Esta Escola que vai na sua quinta edição, é composta por um ciclo de seminários em formato digital dedicado ao aprofundamento de debates sobre economias feministas camponesas como um terreno, a partir do qual, emergem alternativas de luta e resistência em contextos que foram produzidos como desprovidos de qualquer substância ontológica e epistemológica pelo capitalismo colonial e patriarcal. Deste modo, interrogaremos tanto os conflitos pela terra que ameaçam as práticas e os saberes ali existentes e alimentados por gerações de mulheres; os discursos que ainda hoje insistem em as ver como objectos de estudo e de intervenção e salvação, como também os seus conhecimentos e práticas para uma renovação conceptual e social do cuidado e da vida que vale a pena ser vivida.
Na sua diversidade, muitas mulheres camponesas têm vindo a construir alternativas à governação ambiental neoliberal propondo uma ética do cuidado como horizonte ético-político (Arriagada & Zambra, 2019). É uma ética fundada em tudo o que foi descartado como inferior, subsidiário e sem densidade ontológica: o cuidado com a vida em todos os âmbitos da existência.
Queremos contribuir para uma teoria política e económica feminista impregnada de elementos simbólicos, culturais, práticos e teóricos retirados das experiências ancestrais dos povos e que resiste às lógicas do capitalismo e do conhecimento extractivista no sul e no norte (Gargallo Celentani, 2015). Ao imaginarem e desenvolverem as suas lutas e resistências, as mulheres camponesas estão conscientes das contradições do nosso sistema anti-vida que permeia as sociedades e as suas relações, tanto nas zonas rurais como urbanas. As economias que geram baseiam-se em poli-racionalidades prático-transformadoras que une mulheres e homens para realizar, nos seus quotidianos marcadamente contextuais, exercícios de criação, formação e ampliação de conhecimentos para, as quais, os corpos não são objeto de apropriação, nem de exploração e dominação, e a natureza não é o ambiente onde vivem os seres humanos, mas a matriz pluriversal e vital sem a qual a sua existência não seria possível e não teria sentido (Cunha & Valle, 2019).
Presentación
Las escuelas de 'Ecologías Feministas' son espacios de reflexión colectiva sobre los saberes y prácticas de mujeres de diferentes realidades, con el fin de articular viejas y nuevas resistencias e imaginar alternativas. Es un espacio de aprendizaje que pretende superar los límites estructurales del pensamiento académico, estableciendo un diálogo horizontal con los saberes que se cocinan en las ollas de la vida cotidiana, que brotan de las lágrimas de rabia de las mujeres que luchan por sus derechos, que se tejen entre redes de apoyo mutuo y reciprocidades no simétricas entre ellas.
Partimos de un análisis feminista en el que afirmamos que existen tres grandes sistemas de opresión que actúan en conjunto y se articulan. Son el capitalismo, el colonialismo y el heteropatriarcado. Cada uno de estos sistemas refuerza el carácter destructivo y violento de los demás. Hoy, el capitalismo está revelando su rostro más salvaje al saquear los recursos naturales, los bienes comunes de la humanidad, al explotar intensamente a las personas y su fuerza de trabajo, al alimentar la voraz industria de guerra y al contaminar el planeta, haciendo cada vez más inviable el derecho a vivir en paz y dignidad. El capitalismo y el heteropatriarcado siguen imponiendo a la mayoría de las mujeres la obligación de realizar todo tipo de trabajo de cuidados en el hogar y en la comunidad, sin remuneración ni reconocimiento. Sin embargo, sostenemos que son estos incansables trabajos de cuidado los que producen y garantizan, incesantemente, las condiciones sin las cuales la vida no podría suceder. Por eso afirmamos que los trabajos de cuidados son los más productivos de todos. Sabiendo esto, el capitalismo, desde su génesis, se los ha apropiado, relegándolos a la esfera privada, inventando al "ama de casa" dedicada a su propia opresión, creyendo que no puede escapar de su "naturaleza" y que trabaja todas las horas necesarias sin reclamar pago y gratitud. Por otro lado, invisibilizó o mercantilizó de forma barata todo otro trabajo de cuidados dentro de la comunidad, una vez más realizado por mujeres; el cuidado de los seres no humanos del entorno; producción alimentaria; y el mantenimiento de los sistemas ecológicos que nos permitan seguir viviendo en nuestra Casa Común, la Tierra. Así, estableció la base de la acumulación capitalista que sigue siendo un privilegio del 1% frente al 99% (Shiva, 2019). Reitera cada día la inferioridad de las mujeres tanto social como simbólicamente y busca domesticar las ideas feministas y sus movimientos que, con un enorme potencial subversivo, dedicados a la transformación radical de la vida cotidiana (Federici, 2020: 255) luchan por alternativas sustantivas al apartheid ontológico, social y patriarcal.
Esta Escuela, que se encuentra en su quinta edición, está compuesta por un ciclo de seminarios en formato digital dedicados a la profundización de los debates sobre las economías feministas campesinas como terreno, desde el cual emergen alternativas de lucha y resistencia en contextos que fueron producidos como desprovistos de cualquier sustancia ontológica y epistemológica por el capitalismo colonial y patriarcal. De esta manera, cuestionaremos tanto los conflictos por la tierra que amenazan las prácticas y saberes que allí existen y que son nutridos por generaciones de mujeres; los discursos que aún hoy insisten en verlos como objetos de estudio, intervención y salvación, así como sus saberes y prácticas para una renovación conceptual y social del cuidado y de la vida que vale la pena ser vivida.
En su diversidad, muchas mujeres campesinas han ido construyendo alternativas a la gobernanza ambiental neoliberal proponiendo una ética del cuidado como horizonte ético-político (Arriagada y Zambra, 2019). Es una ética basada en todo lo que ha sido descartado como inferior, subsidiario y sin densidad ontológica: el cuidado de la vida en todos los ámbitos de la existencia.
Queremos contribuir a una teoría política y económica feminista impregnada de elementos simbólicos, culturales, prácticos y teóricos extraídos de las experiencias ancestrales de los pueblos y que resista las lógicas del capitalismo y los saberes extractivistas del sur y del norte (Gargallo Celentani, 2015). Al imaginar y desarrollar sus luchas y resistencias, las mujeres campesinas son conscientes de las contradicciones de nuestro sistema antivida que permea las sociedades y sus relaciones, tanto en el campo como en la ciudad. Las economías que generan se basan en poli-racionalidades práctico-transformadoras que unen a mujeres y hombres para realizar, en su cotidianidad marcadamente contextual, ejercicios de creación, formación y expansión de saberes para los cuales los cuerpos no son objeto de apropiación, explotación y dominación, y la naturaleza no es el entorno donde viven los seres humanos, sino la matriz pluriversal y vital sin la cual su existencia no sería posible y no tendría sentido (Cunha y Valle, 2019).
Justificação epistemológica
Este Ciclo de Seminários parte epistemológica e metodologicamente de uma crítica feminista e pós-colonial da construção do conhecimento. Tomamos como ponto de partida o exame sobre os nossos lugares de enunciação como lugares de fractura entre as nossas aspirações sociais e epistemológicas e as nossas subjectividades marcadas por projectos e compromissos que assumimos muitas vezes imbuídos das lógicas da colonialidade do saber (Lander, 2005) e do género (Lugones, 2008) na produção do conhecimento, mesmo aquele que se reclama decolonial (Cabnal, 2010).
Em segundo lugar e tendo em consideração os dados e a análise elaborados no Relatório da Desigualdade no Mundo 2022 (Chancel, Piketty, Saez, Zucman, et al, 2021), Vandana Shiva (2013) chama-nos à atenção para o seguinte: (1) as guerras oficialmente declaradas pelos organismos internacionais de século XXI obscurecem a existência da presente e permanente guerra económica contra os povos e a Terra; (2) qualquer manifestação de vida e recurso vital que mantém a frágil teia da vida, estão em processo de privatização, mercantilização e apropriação pelas corporações-económicas globais; (3) cada centímetro de terra e cada metro cúbico de água que sustentam a vida estão sendo tomados e geram “guerras pela terra” e “guerras pela água”; (5) o sacrifício das florestas, é fruto da ganância do sistema de acumulação do capital, ou na expressão cunhada por Harvey (2005, p. 121-123), pelo sistema de acumulação por espoliação.
Partilhamos a análise de Maristela Svampa (2013) quando ela afirma e demonstra que o século XXI, tem sido marcado pelo retorno da primarização da economia através de ciclos extractivos cada vez mais violentos e em grande escala o que reforça a separação entre a vida e a economia. Neste contexto, é epistemologicamente importante trazer à luz as lutas que muitas mulheres têm vindo a desenvolver e que expressam o seu desejo de manter e/ou regressar a uma relação de respeito e ligação intrínseca com a terra e com a Terra, assumindo que as economias são plurais (Lucas dos Santos, 2016; Cunha, 2017; Gago, Gutiérrez Aguilar, 2022) promovendo uma agricultura que garanta a soberania alimentar, a existência, a dignidade e o uso não comercial dos recursos naturais (Federici, 2019).
São muitos e diversos os contextos e organizações de mulheres camponesas que habitam, no sul, lugares de sofrimento humano e de resistência, que têm forjado economias outras e feministas, através de práticas solidárias e agroecológicas e dinâmicas transformadoras de cuidado contestando categorizações liberais e desenvolvimentistas. Propomos a Escola dedicada às Economias Feministas Camponesas para explorar e dialogar com as organizações sobre os conhecimentos, práticas e relações que abrem caminho para a construção de economias diferentes, desafiando o modelo capitalista extractivista, em que se promovem saberes e acções de resistência, subsistência e construção de micropolíticas (Cusicanquí, 2018) do quotidiano, que não respondem a uma categoria de intervenção global, mas que permitem a emergência de leituras críticas próprias e alternativas localizadas de acção.
Justificación epistemológica
Este Ciclo de Seminarios se fundamenta epistemológica y metodológicamente desde una crítica feminista y poscolonial de la construcción del conocimiento. Tomamos como punto de partida el examen de nuestros lugares de enunciación como lugares de fractura entre nuestras aspiraciones sociales y epistemológicas y nuestras subjetividades marcadas por proyectos y compromisos que muchas veces asumimos imbuidos de las lógicas de la colonialidad del conocimiento (Lander, 2005) y del género (Lugones, 2008) en la producción de conocimiento, incluso aquel que pretende ser decolonial (Cabnal, 2010).
En segundo lugar, y teniendo en cuenta los datos y análisis elaborados en el Informe sobre la Desigualdad en el Mundo 2022 (Chancel, Piketty, Sáez, Zucman, et al, 2021), Vandana Shiva (2013) llama la atención sobre lo siguiente: (1) las guerras declaradas oficialmente por los organismos internacionales del siglo XXI oscurecen la existencia de la actual y permanente guerra económica contra los pueblos y la Tierra; (2) cualquier manifestación de vida y recurso vital que mantenga la frágil red de la vida, está en proceso de ser privatizada, mercantilizada y apropiada por las corporaciones económicas globales; (3) cada centímetro de tierra y cada metro cúbico de agua que sustenta la vida está siendo arrebatado y genera "guerras por la tierra" y "guerras por el agua"; (5) el sacrificio de los bosques es el resultado de la codicia del sistema de acumulación de capital, o en la expresión acuñada por Harvey (2005, p. 121-123), del sistema de acumulación por desposesión.
Compartimos el análisis de Maristela Svampa (2013) cuando afirma y demuestra que el siglo XXI ha estado marcado por el retorno de la primarización de la economía a través de ciclos extractivos cada vez más violentos y a gran escala, lo que refuerza la separación entre la vida y la economía. En este contexto, es epistemológicamente importante sacar a la luz las luchas que muchas mujeres vienen desarrollando y que expresan su deseo de mantener y/o retornar a una relación de respeto y conexión intrínseca con la tierra y con la Tierra, asumiendo que las economías son plurales (Lucas dos Santos, 2016; Cunha, 2017; Gago, Gutiérrez Aguilar, 2022) promoviendo una agricultura que garantice la soberanía alimentaria, la existencia, la dignidad y el uso no comercial de los recursos naturales (Federici, 2019).
Son muchos y diversos los contextos y organizaciones de mujeres campesinas que habitan, en el Sur, lugares de sufrimiento y resistencia humana, que han forjado otras economías y feministas, a través de prácticas solidarias y agroecológicas y dinámicas transformadoras de cuidado, impugnando categorizaciones liberales y desarrollistas. Proponemos que la Escuela dedicada a las Economías Campesinas Feministas explore y dialogue con organizaciones sobre los saberes, prácticas y relaciones que allanan el camino para la construcción de economías diferentes, desafiando el modelo capitalista extractivista, en el que se promuevan saberes y acciones de resistencia, subsistencia y la construcción de micropolíticas (Cusicanquí, 2018) de la vida cotidiana, que no responden a una categoría de intervención global, pero que permiten la emergencia de lecturas críticas propias y alternativas de acción localizadas.
Marco metodológico
Esta 5ª edição da Escola Ecologias Feministas dedicada às ‘Economias Feministas Camponesas fundamenta a sua metodologia na co-construção de conhecimentos feministas começando por mobilizar os conceitos de corazonar (Guerrero Arias, 2010) e o sentipensar (Falsborda, 2015). No entanto, pretende ir mais longe colocando no centro o nexo sentir-saber-fazer. Este tripé conceptual informa a construção colectiva de uma comunidade de aprendizagens, de práticas e de reciprocidades não simétricas e três eixos do trabalho metodológico:
(1) a co-construção de conhecimentos insurgentes e enraizados para procurar discernir, compreender e agir para contrariar todas as formas sexistas de saber, sentir e fazer, desde as mais aparentes às mais subtis, que ocorrem e nos oprimem ao longo das nossas vidas tanto os nossos corpos como os nossos territórios materiais e simbólicos;
(2) o diálogo com, sobre e a partir dos saberes e práticas de mulheres camponesas contra as desigualdades estruturais causadas e alimentadas pelo capitalismo, o colonialismo e o heteropatriarcado;
(3) o trabalho em colectiva para abrir caminhos para que outras economias floresçam e desafiem o actual modo de vida.
Isto significa lidar com os limites do formato digital e da pluriversalidade de línguas de trabalho, contextos e origens diferentes, experiências e aspirações diversas num sentido positivo e colaborativo. Deste modo, propomos um ciclo de Seminários que transformámos em Oficinárias/Semilleras que conta com sessões gravadas e sessões síncronas com didáticas sensíveis ao poder como: círculos da palavra, oficinas de partilha de experiências, bibliotecas vivas, oficinas de leitura e oficinas de cartografia. Estas didáticas são entendidas no âmbito deste ciclo como dispositivos de produção de conhecimento e não como instrumentos de reprodução de informação. Isto significa aprofundar a compreensão dos nossos próprios lugares de enunciação nestas discussões, das relações de poder disponíveis, das chaves geopolíticas e da historicidade das noções que colocamos em circulação. A didática é um espaço de pesquisa formativa que permite abordar as complexidades implícitas neste campo do conhecimento.
Cada participante poderá escolher um modo de avaliação formativa envolvendo tanto a auto-reflexividade como o diálogo e partilha de reflexões em grupo ou desenvolver ensaios críticos e temáticos na linguagem que escolher. Consideramos que qualquer actividade desenvolvida no âmbito da avaliação formativa deve ser entendida tanto como geradora de conhecimentos, quanto de investigação crítica, situada e comprometida com as transformações que juntas/os aspiramos.
Marco metodológico
Este 5ª edición de la Escuela Ecologías Feministas dedicada a las Economías Feministas Campesinas basa su metodología en la co-construcción del conocimiento feminista, a partir de la movilización de los conceptos de corazonar (Guerrero Arias, 2010) y sentipensar (Falsborda, 2015). Sin embargo, pretende ir más allá situando en el centro el nexo sensación-saber hacer. Este trípode conceptual informa la construcción colectiva de una comunidad de aprendizajes, prácticas y reciprocidades no simétricas y tres ejes de trabajo metodológico:
(1) la co-construcción de saberes insurgentes y arraigados para buscar discernir, comprender y actuar para contrarrestar todas las formas sexistas de saber, sentir y hacer, desde las más aparentes hasta las más sutiles, que se dan y nos oprimen a lo largo de nuestra vida tanto nuestros cuerpos como nuestros territorios materiales y simbólicos;
(2) diálogo con, sobre y a partir de los saberes y prácticas de las mujeres campesinas contra las desigualdades estructurales causadas y alimentadas por el capitalismo, el colonialismo y el heteropatriarcado;
(3) trabajar colectivamente para abrir vías para que otras economías florezcan y desafíen el modo de vida actual.
Esto significa abordar los límites del formato digital y la multiversidad de las lenguas de trabajo, los diferentes contextos y orígenes, las diversas experiencias y aspiraciones en un sentido positivo y colaborativo. De esta manera, proponemos un ciclo de Seminarios que hemos transformado en Talleres/Semilleros que cuenta con sesiones grabadas y sesiones sincrónicas con didácticas sensibles al poder como: círculos de palabras, talleres para compartir experiencias, bibliotecas vivas, talleres de lectura y talleres de cartografía. Estas didácticas son entendidas en el ámbito de este ciclo como dispositivos de producción de conocimiento y no como instrumentos de reproducción de información. Esto significa profundizar en la comprensión de nuestros propios lugares de enunciación en estas discusiones, de las relaciones de poder disponibles, de las claves geopolíticas y de la historicidad de las nociones que ponemos en circulación. La didáctica es un espacio de investigación formativa que nos permite abordar las complejidades implícitas en este campo del conocimiento.
Cada participante podrá elegir un modo de evaluación formativa que implique tanto la autorreflexividad como el diálogo y el intercambio de reflexiones grupales o desarrollar ensayos críticos y temáticos en el idioma de su elección. Creemos que cualquier actividad que se desarrolle en el ámbito de la evaluación formativa debe entenderse tanto como generadora de conocimiento como como investigadora crítica, situada y comprometida con las transformaciones a las que aspiramos juntos.
Objectivo geral
Aprender colectivamente, a partir do marco epistemo-metodológica das escolas ‘Ecologias Feministas’, como os cuidados de si, das/os outras/os, do território e da Terra, são vitais para a emancipação e transformação paradigmática da nossa contemporaneidade;
Objetivo general
Aprender colectivamente, desde el marco episte-metodológico de las escuelas de 'Ecologías Feministas', cómo el cuidado de uno mismo, de los otros, del territorio y de la Tierra, son vitales para la emancipación y transformación paradigmática de nuestra contemporaneidad;
Objectivos específicos
- Ampliar o conceito teórico-metodológico feminista de sentir-saber-fazer situado na reivindicação dos cuidados dos corpos, dos territórios, e da vida, de baixo-para-cima e de dentro-para-fora;
- Possibilitar reflexões colectivas e não extractivistas em diversos formatos entre camponesas/es, cientistas, e activistas para o reconhecimento de práticas e pedagogias quotidianas transformadoras no âmbito do pluriverso das economias camponesas feministas;
- Analisar criticamente a articulação entre a justiça social a justiça cognitiva, sexual e ecológica como os inéditos viáveis de Paulo Freire para realizar a cura dos territórios e dos seres humanos e não-humanos que os habitam;
- Criar uma comunidade de aprendizagens, práticas e reciprocidades baseadas na colaboração, confiança e partilha;
Objetivos específicos
- Ampliar el concepto teórico-metodológico feminista de sentir-saber para situar en la reivindicación del cuidado de los cuerpos, los territorios y la vida, de abajo hacia arriba y de adentro hacia afuera;
- Posibilitar reflexiones colectivas y no extractivistas en diversos formatos entre campesinas, científicas y activistas para el reconocimiento de prácticas cotidianas y pedagogías transformadoras dentro del pluriverso de las economías campesinas feministas;
- Analizar críticamente la articulación entre la justicia social y la justicia cognitiva, sexual y ecológica, como obras viables inéditas de Paulo Freire para sanar los territorios y los seres humanos y no humanos que los habitan;
- Crear una comunidad de aprendizaje, prácticas y reciprocidades basada en la colaboración, la confianza y el intercambio;
Condições de Participação
A participação é gratuita, mas a inscrição é obrigatória.
Para se inscrever cada pessoa, para além dos dados biográficos, terá que apresentar uma curta carta de motivação, declarar o seu compromisso de participar activamente, em pelo menos 80% das sessões síncronas, condição para obter um certificado de participação, e declarar compreender que as sessões serão realizadas em Português e Espanhol.
La participación es gratuita, pero la inscripción es obligatoria.
Para inscribirse, cada persona, además de sus datos biográficos, deberá presentar una breve carta de motivación, declarar su compromiso de participar activamente en al menos el 80% de las sesiones sincrónicas, condición para obtener un certificado de participación, y declarar que comprende que las sesiones se desarrollarán en portugués y español.
Ficha de candidatura - Formulario de candidatura [AQUI]
Matriz da Estrutura da Escola e Calendário
Nº |
Tema |
Oficinárias |
Responsáveis |
Calendário |
1 |
Apresentação do Ciclo (justificação, conteúdos, metodologias, calendário) Apresentação das/os participantes
|
Sessão síncrona 2h |
Cristina Del Villar Djamila Andrade Emiliana Marques Jokin Alberdi Maria Fernanda Perez Teresa Cunha |
1/2/24 (síncrona) |
2 |
Economia e violências |
- Sessão gravada 15’ - Oficina de cartografia de conflitos pela terra (síncrona 1h30) |
Luciane Lucas dos Santos Nelly Bedoya Teresa Cunha |
12/2/24 (gravada) 15/2/24 (síncrona) |
3 |
Economias camponesas e a produção agroecológica dos alimentos |
- Sessão gravada 15’ com as Bibliotecas Vivas : Rebeca Mabui, Andrelice Santos, Inês Chifinha, Nelly Bedoya - Círculo de palavra (síncrona, 1h30) |
Carmén Acevedo Cristina del Villar Djamila Andrade Luísa de Pinho Valle |
26/2/24 (gravada) 29/2/24 (síncrona |
4 |
Economias camponesas e o corpo-território |
- Sessão gravada 15’ - Oficina de cartografia de corpo-território (síncrona) |
Emiliana Marques Natália Sanchez Nelly Bedoya |
11/3/24 (gravada) 14/3/24 (síncrona) |
5 |
Circuitos de economias feministas e o cuidado com as vidas |
- Sessão gravada 15’ - Círculo de palavra de partilha de práticas e experiências (síncrona 1h30) |
Luciane Lucas dos Santos Luísa de Pinho Valle Luz Dary Ruiz Botero |
25/3/24 (gravada) 28/3/24 (síncrona) |
6 |
Alternativas para a articulação das justiças: social, cognitiva, sexual e ecológica |
- Sessão gravada 15’ - Oficina de leitura (1h30) |
Emiliana Marques Maria Fernanda Perez Natália Sanchez |
8/4/24 (gravada) 11/4/24 (síncrona) |
7 |
Alternativas feministas e camponesas e pazes |
- Sessão gravada 15’ - Oficina de leitura (síncrona 1h30) |
Liliana Zambrano Luz Dary Ruiz Botero Jokin Alberdi Teresa Cunha |
29/4/24 (gravada) 2/5/24 (síncrona) |
8 |
Fecho do ciclo: a comunidade de aprendizagem, práticas e reciprocidades |
- Sessão gravada 15’ Sessão síncrona 2h |
Cristina del Villar Djamila Andrade Maria Fernanda Perez |
13/5/24 (gravada) 16/5/24 (síncrona) |
Matriz de la Estructura de la Escuela y Calendario
Nº |
Tema |
Semilleras |
Responsáveis |
Calendário |
1 |
Presentación del Ciclo (justificación, contenidos, metodologías, calendario) Presentación de los participantes
|
Sesión sincrónica 2h |
Cristina Del Villar Djamila Andrade Emiliana Marques Jokin Alberdi Maria Fernanda Perez Teresa Cunha |
1/2/24 (sincrónico) |
2 |
Economía y violencia |
- Sesión grabada 15' - Taller de mapeo de conflictos por la tierra (sincrónico 1h30) |
Luciane Lucas dos Santos Nelly Bedoya Teresa Cunha |
12/2/24 (grabado) 15/02/24 (sincrónico) |
3 |
Economías campesinas y producción agroecológica de alimentos |
- Sesión grabada de 15' con las Bibliotecas Vivas: Rebeca Mabui, Andrelice Santos, Inês Chifinha, Nelly Bedoya - Círculo de palabras (sincrónico, 1h30) |
Carmén Acevedo Cristina del Villar Djamila Andrade Luísa de Pinho Valle |
26/02/24 (grabado) 29/02/24 (sincrónico) |
4 |
Las economías campesinas y el cuerpo-territorio |
- Sesión grabada 15' - Taller de Cartografía Cuerpo-Territorio (sincrónico) |
Emiliana Marques Natália Sanchez Nelly Bedoya |
11/03/24 (grabado) 14/03/24 (sincrónico) |
5 |
Circuitos de las economías feministas y el cuidado de las vidas |
- Sesión grabada 15' - Círculo de palabras para compartir prácticas y experiencias (sincrónico 1h30) |
Luciane Lucas dos Santos Luísa de Pinho Valle Luz Dary Ruiz Botero |
25/03/24 (grabado) 28/03/24 (sincrónico) |
6 |
Alternativas para la articulación de la justicia: social, cognitiva, sexual y ecológica |
- Sesión grabada 15' - Taller de lectura (1h30) |
Emiliana Marques Maria Fernanda Perez Natália Sanchez |
8/4/24 (grabado) 11/4/24 (sincrónico) |
7 |
Alternativas feministas y campesinas y pazes |
- Sesión grabada 15' - Taller de lectura (sincrónico 1h30) |
Liliana Zambrano Luz Dary Ruiz Botero Jokin Alberdi Teresa Cunha |
29/04/24 (grabado) 2/5/24 (sincrónico) |
8 |
Cerrando el ciclo: la comunidad de aprendizaje, las prácticas y las reciprocidades |
- Sesión grabada 15' Sesión sincrónica 2h |
Cristina del Villar Djamila Andrade Maria Fernanda Perez |
13/05/24 (grabado) 16/05/24 (sincrónico) |
Resumos/Sinopsis
Oficinária 1 Apresentação da nossa Escola
Semillera 1 Presentación de nuestra Escuela
Cristina Del Villar, Djamila Andrade, Emiliana Marques, Maria Fernanda Perez
Resumo
As escolas ‘Ecologias Feministas” são espaços de reflexão colectiva sobre saberes e práticas de mulheres de diferentes realidades, de forma a articular velhas e novas resistências e imaginar alternativas para a vida. Partimos de uma análise feminista na qual afirmamos que existem três grandes sistemas de opressão que actuam em conjunto: o capitalismo, o colonialismo e o heteropatriarcado e nos propomos a contribuir para uma teoria política e económica feminista que resiste às lógicas do capitalismo e do conhecimento extractivista no sul e no norte. A Escola é composta por um ciclo de 8 Oficinárias em formato digital dedicado ao aprofundamento de debates sobre economias feministas camponesas que conta com sessões gravadas e sessões síncronas com círculos da palavra, oficinas de partilha de experiências, bibliotecas vivas, oficinas de leitura e oficinas de cartografia. Este Ciclo de Oficinárias parte, epistemológica e metodologicamente, de uma crítica feminista e pós-colonial da construção do conhecimento, e fundamenta a sua metodologia na co-construção de conhecimentos feministas mobilizando os conceitos de corazonar e o sentipensar, mas pretendendo ir ainda mais longe colocando, no centro, o nexo sentir-saber-fazer. A Escola vai na sua quinta edição irá de Fevereiro a Maio de 2024, onde cada participante poderá escolher um modo de avaliação formativa que envolve tanto a auto-reflexividade como o diálogo e partilha de reflexões em grupo ou desenvolver ensaios críticos e temáticos na linguagem que escolher.
Sinopsis
Las escuelas de "Ecologías feministas" son espacios de reflexión colectiva sobre los saberes y prácticas de mujeres de diferentes realidades, con el fin de articular viejas y nuevas resistencias e imaginar alternativas para la vida. Partimos de un análisis feminista en el que afirmamos que hay tres grandes sistemas de opresión que actúan juntos: capitalismo, colonialismo y heteropatriarcado, y nos proponemos contribuir a una teoría política y económica feminista que resista las lógicas del capitalismo y el conocimiento extractivista en el sur y en el norte. La Escuela está compuesta por un ciclo de 8 Semillleras en formato digital dedicado a profundizar en los debates sobre las economías feministas campesinas que incluye sesiones grabadas y sesiones sincrónicas con círculos de palabras, talleres para compartir experiencias, bibliotecas vivas, talleres de lectura y talleres de cartografía. Este Ciclo de Semilleras parte epistemológica y metodológicamente de una crítica feminista y poscolonial de la construcción del conocimiento, y basa su metodología en la co-construcción del conocimiento feminista, movilizando los conceptos de corazonar y senti-pensar, pero pretendiendo ir más allá poniendo en el centro el senti-saber-hacer. La Escuela se encuentra en su quinta edición y se desarrollarán de febrero a mayo de 2024, donde cada participante podrá elegir una modalidad de evaluación formativa que implique tanto la autorreflexividad como el diálogo y la puesta en común de reflexiones grupales o desarrollar ensayos críticos y temáticos en el idioma de su elección.
Oficinária 2 Economias e violências
Semillera 2 Economías y violencias
Luciane Lucas dos Santos, Nelly Bedoya, Teresa Cunha
Resumo
Nesta Oficinária escolhemos reflectir sobre quem somos e o que fazemos através das nossas economias camponesas que, num mundo onde a mercantilização e a exploração atravessam quase todas as relações sociais, são causa de muitas violências perpetradas contra nós, os nossos corpos e os nossos territórios. Estas violências têm como intenção interromper e aniquilar os nossos modos de produzir alimentos sem ferir a terra com venenos e técnicas de extracção agrícola intensivas; destruir os nossos conhecimentos e práticas de distribuição e consumo baseados em múltiplas solidariedades; subjugar-nos aos interesses das corporações ligadas à produção alimentar, de sementes e aos seus produtos que usam e destroem a vida em todas as suas formas.
E a causa é porque nós somos sementes, nós agimos para proteger as nossas sementes, lutamos para cultivar os alimentos que são a base da nossa soberania alimentar popular, pelo direito à terra e a cuidar da terra. Nós, as mulheres camponesas com as nossas aliadas, trabalhamos incansavelmente para prover às necessidades das nossas famílias e comunidades trabalhando e desenvolvendo muitas tecnologias produtivas inovadoras e eficazes. Para nós a soberania alimentar popular não é uma ideia abstracta como é para muitas/os as/os intelectuais do mundo rico. Queremos conversar e partilhar convosco várias experiências concretas em diferentes países como na Bahia (Brasil) com o plantio de cacaueiros à sombra de outras árvores frutíferas que melhoram a qualidade do solo e das frutas; do comércio de escala, que não a escala do capitalismo, de plantas e arbustos comestíveis que só elas conhecem e sabem como usar; nas veredas andinas de Medellín (Colombia) a produção de plantas medicinais e aromáticas para transformar em óleos, pomadas, sabonetes e remédios; no parque nacional do Gurué, Moçambique a apanha e desidratação de cogumelos silvestres que só as mulheres conhecem e cuidam. Ansiamos nesta Oficinária que possam ainda partilhar connosco outras práticas e outros exemplos para, em colectivo, esperançar e lutar contras as violências.
Sinopsis
En esta semillera hemos elegido reflexionar sobre quiénes somos y qué hacemos a través de nuestras economías campesinas que, en un mundo donde la mercantilización y la explotación impregnan casi todas las relaciones sociales, son la causa de mucha violencia perpetrada contra nosotras, nuestros cuerpos y nuestros territorios. Esta violencia pretende desarticular y aniquilar nuestras formas de producir alimentos sin dañar la tierra con venenos y técnicas de extracción agrícola intensiva; destruir nuestros saberes y prácticas de distribución y consumo basadas en múltiples solidaridades; subyugarnos a los intereses de las corporaciones vinculadas a la producción de alimentos y semillas y sus productos que usan y destruyen la vida en todas sus formas.
Y la causa es porque somos semillas, actuamos para proteger nuestras semillas, luchamos por cultivar los alimentos que son la base de nuestra soberanía alimentaria popular, por el derecho a la tierra y a cuidarla. Las mujeres campesinas, junto con nuestras aliadas, trabajamos incansablemente para satisfacer las necesidades de nuestras familias y comunidades, trabajando y desarrollando muchas tecnologías productivas innovadoras y eficaces. Para las campesinas, la soberanía alimentaria popular no es una idea abstracta como lo es para muchas/os intelectuales del mundo rico. Queremos hablar y compartir con ustedes varias experiencias concretas en diferentes países, como en Bahía (Brasil) con la plantación de árboles de cacao a la sombra de otros frutales que mejoran la calidad del suelo y del fruto; de comercio a escala distinta de la escala del capitalismo, de plantas y arbustos comestibles que sólo ellas conocen y saben utilizar; en las veredas andinas de Medellín (Colombia), la producción de plantas medicinales y aromáticas para convertirlas en aceites, ungüentos, jabones y medicinas; en el parque nacional de Gurué, (Mozambique), la recolección y deshidratación de setas silvestres que sólo las mujeres conocen y cuidan. En este taller, esperamos que puedan compartir con nosotras/os otras prácticas y ejemplos para que podamos esperanzar y luchar colectivamente contra la violencia.
Oficinária 3 Economias camponesas e a produção agroecológica dos alimentos
Semillera 3 Economías campesinas y la producción agroecológica de los alimentos
Carmén Acevedo, Cristina del Villar, Djamila Andrade, Andrelice Santos, Inês Chifinha, Luísa de Pinho Valle Nelly Bedoya, Rebeca Mabui,
Resumo
Nesta terceira Oficinária da Escola, vamo-nos focar num diálogo sobre as experiências de camponesas dedicadas à produção alimentar agroecológica. Seguindo a metodologia das Bibliotecas Vivas, as camponesas participantes irão compartilhar as suas estórias-práticas criadas nos seus quotidianos. Com estas camponesas, verdadeiros livros vivos, com as quais podemos interagir e aprender, propomos pensar sobre as pedagogias que elas elaboram. Com esta intenção, abrimos a sessão Círculo de Palavras para uma conversa exploratória sobre as economias vivas presentes na produção agroecológica, a partir do sentir-pensar-fazer pedagogias ecofeministas.
Sinopsis
En esta tercera Semillera de la Escuela, nos centraremos en un diálogo sobre las experiencias de mujeres campesinas dedicadas a la producción agroecológica de alimentos. Siguiendo la metodología de las Bibliotecas Vivas, las campesinas participantes compartirán sus estorias-prácticas creadas en su vida cotidiana. Con estas mujeres campesinas, verdaderos libros vivientes con los que podemos interactuar y aprender, nos proponemos reflexionar sobre las pedagogías que desarrollan. Con esto en mente, abrimos la sesión del Círculo de Palabras a modo de conversación exploratoria sobre las economías vivas presentes en la producción agroecológica, basada en pedagogías ecofeministas de sentir-pensar-hacer.
Oficinária 4 Economias camponesas e o corpo-território
Semillera 4 Economías campesinas y el cuerpo-territorio
Emiliana Marques, Natália Sanchez, Nelly Bedoya
Resumo
A economia camponesa feminista está imbuída de elementos simbólicos, culturais, práticos e teóricos retirados das experiências ancestrais dos povos. Baseia-se na teoria política e económica da subsistência que evidencia a dupla dominação patriarcal que existe sobre os corpos humanos e os seres não-humanos feminizados e os territórios pela lógica logocêntrica, androcêntrica, etnocêntrica e antropocêntrica. Esta dupla dominação materializa-se na apropriação instrumental da natureza para fins de acumulação, nas múltiplas violências sofridas pelos corpos feminizados e na subordinação ontológica de todos os saberes e experiências que se desenvolvem no mundo para sustentar e cuidar da vida. Estas economias expressam-se em práticas de agroecologia, que envolvem tanto a problematização como as acções de resistência e subversão destas condições subjacentes. É uma abordagem económica feminista que resiste às lógicas do capitalismo extractivista no Sul e que se expressa tanto em enunciados como em práticas, relações e produtos.
Sinopsis
La economía feminista campesina está impregnada de elementos simbólicos, culturales, prácticos y teóricos recogidos de las experiencias ancestrales de los pueblos. Se apoya en la teoría política y económica de la subsistencia que pone en evidencia la doble dominación patriarcal que existe sobre los cuerpos humanos y los seres no-humanos feminizados y territorios por la lógica logocéntrica, androcéntrica, etnocéntrica y antropocéntrica. Esta doble dominación se materializa en la apropiación instrumental de la naturaleza con fines acumulativos, en las múltiples violencias que experimentan los cuerpos feminizados, y en la subordinación ontológica de todos los conocimientos y experiencias que se desarrollan en el mundo para sostener y cuidar la vida. Estas economías se expresan en prácticas de agroecología que encierran tanto la problematización como las acciones de resistencia y subversión de estas condiciones subyacentes. Se trata de una apuesta de economía feminista que resiste las lógicas del capitalismo extractivista en el sur y que se expresa tanto en los enunciados como en prácticas, relaciones y productos.
Oficinária 5 Circuitos de economias feministas e o cuidado com as vidas
Semillera 5 Circuitos de economías feministas y el cuidado con las vidas
Luciane Lucas dos Santos, Luísa de Pinho Valle, Luz Dary Ruiz Botero
Resumo
Em nosso quinto encontro aprofundaremos a análise das economias feministas na perspectiva de fomentar as políticas de cuidado ecofeminista a partir dos circuitos que respeitam as vidas. Estes circuitos incluem territórios, saberes, alimentos e cura como eixos articulados na prática dos circuitos. Essa defesa ecofeminista do cuidado para e com a vida se dá em três dimensões: Terra (planeta) - territórios (segundo os ecossistemas) e pessoas (comunidades). Na sessão, gravada apresentaremos numa perpectiva ecofeminista as ideias centrais sobre economias camponesas que sustentam o cuidado com a vida e, em seguida, os circuitos, desde cada componente que os constitui. Na Oficinária síncrona, Círculo de Palavras, o espaço será aberto para a partilha de ideias, conhecimentos e experiências das agricultoras participantes em torno do tema central do seminário.
Sinopsis
En nuestro quinto encuentro vamos a profundizar los análisis de economías feministas en perspectiva de fomentar las políticas de cuidado ecofeminista desde los circuitos que respetan las vidas. Esos circuitos incluyen territorios, conocimientos, alimentos y sanación como ejes articulados en las prácticas de los circuitos. Esta defensa ecofeminista del cuidado para y con la vida es en tres dimensiones: Tierra (planeta) - territorios (según ecosistemas) y personas (comunidades). En nuestra semillera grabada se exponen ideas centrales a partir de un marco ecofeminista sobre economías campesinas que sostienen el cuidado de la vida, para luego presentar los circuitos desde sus componentes. En la Semillera síncrona, Circulo de Palabras, se abre espacio para compartir ideas, conocimientos y experiencias de campesinas participantes en torno al tema central del seminario.
Oficinária 6 Alternativas para a articulação das justiças: social, cognitiva, sexual e ecológica
Semillera 6 Alternativas para la articulación de las justicias social, epistémica, sexual y ecológica
Emiliana Marques Maria Fernanda Perez Natália Sanchez
Propomos a articulação da justiça social, epistémica, sexual e ecológica como cenário para tornar visíveis as múltiplas formas de viver e conhecer que estão hoje na base das lutas pela mãe terra. Isto requer dinâmicas organizativas nos territórios que permitam a conservação da vida, para construir uma teoria política da subsistência como a única forma viável de alterar o ciclo de crescimento ilimitado em direção ao colapso em que nos encontramos. É justamente ao conectar as violências patriarcais, coloniais e extractivistas em contextos específicos, especialmente em espacialidades periféricas de exploração e extracção, que conseguimos evidenciar a complexidade de sua articulação e os efeitos perversos que produzem. Maristella Svampa mostra-nos a forma como, na América Latina, os processos de reprimarização das economias a partir dos anos 2000 deram origem a uma série de projectos neo-extractivistas na região que configuraram territórios inteiros como zonas de extracção ou de destino final de resíduos em função dos regimes de exclusão e marginalização social que já estavam em funcionamento. No entanto, a articulação não serve apenas para conectar injustiças e complexificar as descrições dos fenómenos em contextos específicos; a articulação permite também a emergência de feminismos eco-territoriais que, ao revelarem as profundas interligações entre corpo-território, propõem práticas de cura, de contra-mapeamento, de lutas femininas que resistem e re-existem a partir dos seus saberes e práticas à devastação imposta pelo projeto moderno-colonial-patriarcal-capitalista. Na sessão gravada desenvolveremos o argumento anterior tentando construir em conjunto uma proposta de discussão que será mediada na oficina de leitura, para a qual será necessário ter lido tanto a bibliografia sugerida quanto compartilhar algumas inter-acções da gravação.
Sinopsis
Proponemos la articulación de las justicias social, epistémica, sexual y ecológica como un escenario para visibilizar las múltiples formas de vivir y saber que están hoy a la base de las luchas por la madre tierra. Esto requiere dinámicas de organización en los territorios que permitan conservar la vida, para construir una teoría política de la subsistencia como la única forma viable de alterar el ciclo de crecimiento ilimitado hacia el colapso en el que nos encontramos. Es justamente al conectar las violencias patriarcales, coloniales y extractivas en contextos específicos, especialmente en espacialidades periféricas de explotación y extracción, que logramos evidenciar la complejidad de su articulación y los efectos perversos que producen. Maristella Svampa nos muestra los modos en los que, en América Latina, los procesos de reprimarización de las economías de comienzos de los 2000 dieron lugar a una serie de proyectos neo-extractivistas en la región que configuraron territorios enteros como zonas de extracción o de disposición final de residuos en función de los regímenes de exclusión y marginalización social que ya estaban en funcionamiento. Ahora bien, la articulación no sólo sirve para conectar las injusticias y complejizar las descripciones de los fenómenos en contextos específicos; la articulación también permite evidenciar la emergencia de otras significaciones más allá de las económicas como lo son los feminismos ecoterritoriales que, al revelar las profundas interconexiones entre cuerpo-territorio, proponen prácticas de sanación, de contra-mapeos, de luchas femeninas que resisten y re-existen desde sus conocimientos y prácticas a la devastación que impone el proyecto moderno-colonial-patriarcal-capitalista. En la semillera grabada daremos desarrollo al anterior argumento intentando construir conjuntamente una propuesta de discusión que se mediará en el taller de lectura, para el cual será necesario haber leído tanto la bibliografía sugerida y quizá compartir algunas interacciones a partir de la grabación.
Oficinária 7 Pazes e alternativas feministas e camponesas
Semillera 7 Pazes y alternativas feministas campesinas
Liliana Zambrano, Luz Dary Ruiz Botero, Jokin Alberdi, Teresa Cunha
Resumo:
Na vida quotidiana, a paz, enquanto discurso e prática, está associada a um estado de tranquilidade, bem-estar, segurança e harmonia social que, em princípio, todos os seres humanos desejam e em nome da qual reflectimos e estabelecemos orientações. No entanto, o seu significado e concretização não é homogéneo. Varia consoante o local onde nos encontramos e o que procuramos. É, pois, uma paz situada, plural, são pazes, cuja interpretação é moldada pela variedade de interesses e assimetrias de poder que caracterizam o mundo que habitamos. Neste espaço, reflectiremos sobre a noção de "pazes" como insubordinação gramatical e insubordinação política; como um conceito polissémico, "camaleónico", que toma forma de acordo com o ambiente em que é construído. Aproximar-nos-emos de uma compreensão do que são as pazes, quem as define assim? Quem as define desta forma, e porque é que as entende como tal? Daremos especial atenção às definições feministas que emanam das periferias dos espaços hegemónicos de poder, especialmente aquelas que defendem a ausência de todos os tipos de violência, desde a vida quotidiana às estruturas e vice-versa, aquelas que ligam as "pazes" à vida quotidiana das mulheres camponesas dos suis, que, a partir do seu sentir-pensar-fazer, empenham-se em cuidar das vidas e da natureza, em vincular-se ao tronco da terra e as lutas aos seus corpos, sendo protagonistas de processos territoriais de mudança de forma colectiva e sororal para alcançar o bem-estar material, cultural e espiritual, bem como o bens-viver a partir das cosmovisões dos povos originários.
Sinopsis:
La paz como discurso y práctica, en la cotidianeidad se le asocia a un estado de tranquilidad, de bienestar, de seguridad, de armonía social, que, en principio, todos los seres humanos anhelamos y en nombre de la cual reflexionamos y establecemos lineamientos. Sin embargo, su significado y practicidad no es homogénea. Varía según sea el lugar que ocupamos y lo que buscamos. Se trata, pues, de una paz situada, plural, de paz(es), cuya interpretación se amolda a la variedad de intereses y asimetrías de poder que caracterizan el mundo que habitamos. En este espacio reflexionaremos sobre la noción de “pazes” en tanto insubordinación gramática e insubordinación política; como un concepto polisémico, “camaleónico”, que toma forma según el entorno en el que se construye. Nos aproximaremos a una comprensión de ¿qué son las pazes?, ¿quién la define de esa manera? y ¿por qué la entiende así? . Y haremos especial énfasis en prestar atención a las definiciones feministas que emanan de las periferias de los espacios hegemónicos del poder, en especial, aquellas que abogan por la ausencia de todo tipo de violencias desde lo cotidiano hasta lo estructural, y viceversa, aquellas que conectan las “pazes” en la cotidianeidad de mujeres campesinas de los sures, que desde el senti-pensar-hacer apuestan por el cuidado de las vidas y la naturaleza, por vincularse con el tronco de la tierra desde acuerpar sus luchas, son protagonistas de procesos territoriales de cambio de manera colectiva y sorora para alcanzar un bien-estar material, cultural y espiritual, así como buenos vivires desde cosmovisiones de pueblos originarios.
Oficinária 8 Fecho do ciclo: a comunidade de aprendizagem, práticas e reciprocidades
Semillera 8 Cierre del ciclo: la comunidad de aprendizajes, prácticas y reciprocidades
Cristina Del Villar, Djamila Andrade, Maria Fernanda Perez
Resumo
O nosso encontro chega ao fim, fechamos o ciclo de trocas de saberes e experiências. O que levamos daqui? O que deixamos pelo caminho e que novos sonhos estão a emergir deste diálogo transformador? A última oficinária da Escola Ecologias Feministas sobre Economias Feministas Camponesas será dedicada à partilha de reflexões e sentires que surgiram ao longo do ciclo na nossa comunidade de aprendizagem. Como sessão de encerramento, este espaço será dedicado a apresentar as conclusões das/os participantes sobre as questões mais relevantes que foram discutidas durante as oficinárias. Esperamos que seja partilhado o que cada uma/um retira do nosso encontro, que novas esperanças e resistências foram geradas, e agradecer a participação de toda a comunidade de aprendizagem em reconhecimento da sua contribuição para a criação recíproca de esperanças colectivas.
Sinopsis
Nuestro encuentro llega a su fin, cerramos el ciclo de intercambios de conocimientos y experiencias. ¿Qué nos llevamos de nuestro paso por él? ¿Qué hemos dejado por el camino? ¿Qué nuevos sueños se gestan a partir de este diálogo transformador? La última Semillera de nuestra Escuela Ecologias Feministas sobre Economías feministas campesinas es dedicada a la puesta en común de reflexiones y sentires que han surgido a lo largo del seminario en nuestra comunidad de aprendizaje. A modo de cierre, este espacio será dedicado a presentar los hallazgos de las/os participantes sobre los temas más relevantes que se han tratado en las semilleras. Esperamos compartir lo que cada una/uno se lleva de nuestro encuentro, qué nuevas esperanzas y resistencias se han generado, y agradecer la participación de toda la comunidad de aprendizaje como reconocimiento de su contribución a la creación recíproca de esperanzas colectivas.
Biografias/Biografías
Carmen Alicia Acebedo Mariaca
Promotora de género, Gestora Comunitaria y Técnica en Gestión Ambiental enfocado en la agroecología, guardiana de semillas e investigadora comunitaria campesina por la defensa de la mujer y el territorio.
Djamila Andrade
Feminista moçambicana e com interesses de investigação em ecofeminismos, agroecologia e soberania alimentar. Engenheira de telecomunicações, mestre em Sociologia e atualmente doutoranda no programa Human Rights in Contemporany Societies na Universidade de Coimbra. Ativista social em projetos de desenvolvimento social e pessoal orientados para a não-violência, saúde da mulher, imprensa alternativa, espiritualidade e política. Envolvida em projetos em África – Moçambique; América do Sul - Brasil, Argentina, Bolívia; e Europa - Portugal, Espanha, França.
Emiliana Maria Diniz Marques
É professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e doutoranda do Programa Pós-Colonialismos e Cidadania Global, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/UC). Possui Mestrado em Educação (UEMG), Especialização em Educação Inclusiva com ênfase em Gênero e Sexualidade (UEMG), Bacharelado em Psicologia (UFRJ) e em Artes Cênicas (UNIRio) e Licenciatura em Educação Artística (UNIRio). Leciona no Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFV, coordena o Curso de Especialização em Educação do Campo – Escola da Terra (UFV-SECAI/MEC), participa da pesquisa Sociobiodiversidade em Comunidades Tradicionais: pesquisa colaborativa em educação intercultural e formação de professores (UFV-FAPEMIG); integra a Rede Mineira de Educação do Campo e o Coletivo Internacional Economias Feministas Camponesas.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8011542184635606; Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6425-7858
Inês Chifinha
Foi camponesa, vendedora de rua de amendoim torrado e é a coordenadora nacional e co-fundadora do Grupo de Mulheres de Partilha de Ideias de Sofala – GMPIS de Moçambique. É ainda co-autora e responsável dos acampamentos de mulheres, uma metodologia feminista desenvolvida com as mulheres camponesas do centro de Moçambique nomeadamente das províncias de Sofala, Manica e Inhambane.
Jokin Alberdi
Es Presidente de la Asociación Gernika Gogoratuz. Doctor en Ciencias Políticas por la EHU/UPV y profesor de Derecho Constitucional y Derecho de la Unión Europea en dicha universidad. Responsable del proyecto de investigación internacional “Territorios en conflicto: Investigación, formación y acción para el fortalecimiento de capacidades y la construcción de alternativas de vida” Cabo Delgado (Mozambique), Tolima (Colombia) y Urdaibai (Euskal Herria). Es miembro del Grupo de Investigación de HEGOA (UPV/EHU) y colabora con el Grupo de Estudios Africanos de la Universidad Autónoma de Madrid.
Liliana Zambrano
Es Doctora en Derechos Humanos por la Universidad de Deusto. Máster en Acción Internacional Humanitaria (NOHA) con especialidad en transformación de conflictos y construcción de la paz. Licenciada en Ciencias Políticas y Relaciones Internacionales. Investigadora y consultora internacional en temas de paz y conflictos; acción humanitaria y cooperación para el desarrollo. Habilidad para traducir conceptos teóricos en herramientas prácticas y operativas para la toma de decisiones, la evaluación de procesos, la proyección de escenarios y la generación de recomendaciones de incidencia política y transformación social.
Luciane Lucas dos Santos
É investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, integrando a linha temática "Democracia, Justiça e Direitos Humanos". Co-coordenou, de 2018 a Março de 2021, o Núcleo de Investigação "Democracia, Cidadania e Direitos Humanos". Atualmente, é PI do projeto "BioTraCes - Biodiversity and Transformative Change for Plural and Nature-Positive Societies"(HORIZON-CL6-2022-BIODIV-01-09/Grant 101081923) em Portugal, liderado pela Wageningen University. É investigadora no projeto EuroREGEN (Redes transnacionais para o desenvolvimento regenerativo na Europa - PTDC/SOC-SOC/2061/2020),l liderado pelo ISCTE-IUL, e de que o CES é parceiro institucional. Co-coordena o Grupo de Estudos sobre Economia Solidária (ECOSOL-CES) e o Grupo de Trabalho Policredos. Integra ainda a equipa docente do Doutoramento "Democracia no Século XXI". É doutorada desde 2004 em Comunicação e Cultura (2004) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Brasil). Foi professora adjunta e investigadora na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde construiu uma parte significativa de seu percurso académico. Migrou dos Estudos da Comunicação para a Sociologia há cerca de 15 anos, dedicando-se aos estudos do consumo e da economia, particularmente a feminista. Relativamente à investigação, são seus temas de interesse: Economia(s) Feminista(s), Estética(s) Feminista(s), estudos pós-coloniais da Economia, Economias Comunitárias/Outras Economias, desigualdades a partir de uma perspetiva interseccional, questões identitárias na Europa.
Luísa de Pinho Valle
É doutoranda do programa Democracia no Século XXI, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT). É graduada em direito (USU/RJ, Brasil), especializada em direito público e gestão pública (UniCEUB, Brasil), mestra em direito (UnB, Brasil) e em ciências sociais e jurídicas (UPO, Espanha). É integrante do Coletivo Internacional Economias Feministas Camponesas e do Grupo de Trabalho Crítica Jurídica Contemporânea, UFF-Brasil. Os seus interesses de pesquisa/investigação são ecofeminismos; economias feministas e outras economias; ciências feministas; agroecologia e soberania e autonomia alimentares; direitos humanos e da natureza; pedagogias, epistemologias e metodologias decoloniais, pós-coloniais e pós-desenvolvimento.
ORCID ID 0000-0002-0570-2920 - https://orcid.org/0000-0002-0570-2920
Luz Dary Ruiz Botero
Aspirante a educadora popular en el sur global, magíster en Educación y Desarrollo Humano. Me sueño y apuesto por un mundo donde quepan muchos mundos para una vida que merezca ser vivida.
https://orcid.org/0000-0001-9283-8174
https://scienti.minciencias.gov.co/cvlac/visualizador/generarCurriculoCv.do?cod_rh=0000301396
Maria Andrelice Silva dos Santos
É agricultora familiar, cofundadora do Grupo de Mulheres de Dandara, na formação do Asentamento Rural Dandara dos Palmares, em Camamú, Baixo-Sul da Bahia, Brasil. Ela é também: criadora-empresária da Agroindústria DanDel, Presidenta da Associação da Comunidade do Assentamento Dandara dos Palmares, Liderança na Articulação das Mulheres Negras do Baixo-Sul (BA), Agente de Saúde Comunitária, integrante da Rede Povos da Mata, participante da Articulação Nacional de Agroecologia, dentre outras atividades e liderança na luta da mulher negra e da agroecologia no seu meio comunitário. Instagram DanDel: https://www.instagram.com/dandel.agroecologia/
María Fernanda Pérez Arboleda
Especialista en Métodos y Técnicas de Investigación Social. Sueño ir por la vida sentí-pensando este legado: “nadie podrá llevar por encima de su corazón a nadie ni hacerle mal a su persona, aunque piense y diga diferente” J.G.
https://scienti.minciencias.gov.co/cvlac/visualizador/generarCurriculoCv.do?cod_rh=0001991324
Natalia Sánchez Corrales
Maestra, investigadora feminista y doctora en educación. Sueño con acompañar la producción de narrativas que vayan derrumbando los ejes de opresión contemporáneos.
https://orcid.org/0000-0002-0676-5077
https://scienti.minciencias.gov.co/cvlac/visualizador/generarCurriculoCv.do?cod_rh=0000004248
Nelly Bedoya
Productora agroecológica hace 20 años, líder feminista por el autocuidado y la autonomía económica de las mujeres. Para nosotras las mujeres el empoderamiento femenino ha sido supremamente importante porque ha equilibrado el papel y el rol de la mujer en el campo.
Rebeca Avelino Mabui
Mulher camponesa e ativista pelos direitos das mulheres e da terra deste 1996. Membro fundador do Fórum Moçambicano das Mulheres Rurais desde 2008. Atualmente tem funções como presidente da União Provincial de Camponeses na província de Maputo e secretária do conselho de direção da União Nacional de Camponeses de Moçambique (UNAC).
Teresa Cunha
É doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra. É investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É professora-coordenadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra, investigadora do Centro de Investigación por la Paz Gernika Gogoratuz, País Basco. Os seus interesses de investigação são feminismos e pós-colonialismos; outras economias e economias feministas mulheres; transição pós-bélica, paz e memórias; direitos humanos das mulheres.
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