Ciclo de cinema

O poder das representações

13 a 17 de novembro de 2023, 16h00

Auditório Salgado Zenha - Associação Académica de Coimbra

Programa

(Todos os filmes têm legendagem em inglês)


Segunda | 13 novembro | Imaginários da violência sexual
Mesa-redonda com Sofia José Santos (CES/FEUC), Júlia Garraio (CES), Rita Alcaire (CES) e João R. Pais (CCP)

Zaj (República Islâmica do Irão) | Javad Ganji | 5’07’’ 
Esta curta-metragem conta a história de uma jovem de uma família tradicional que precisa de chegar cedo a casa. Entra num táxi e o condutor vai na direção oposta, ignora as suas palavras e deixa-a com medo. No final, a jovem enfrenta a verdade…


Terça | 14 novembro | Violência doméstica

Naquele espaço que te dei (Portugal) | Catarina Marmelo e Luís R.T. Matos| 8’16’’
Um ensaio simbólico visual e sonoro sobre a ambivalência emocional e existencial implícita no ciclo perpetuador do ato de violência doméstica.

Sopa Fria (Portugal) | Marta Monteiro | 9’51’’
Uma mulher, vítima de violência doméstica, recorda os anos em que esteve casada e como foi difícil manter-se à tona.

No canto rosa (Portugal) | Cláudia Rita Oliveira | 76’
A separação de Francisca e do ex-companheiro foi o gatilho para este dar início a um ciclo de perseguições, assédio e ameaças. As ameaças prolongam-se a Cláudia, filha de Francisca, que questiona a natureza deste comportamento como resultante de um sistema patriarcal. O filme questiona a impotência da mulher sentada “No canto rosa” enquanto vítima de um agressor e de um sistema patriarcal. Como Simone de Beauvoir referiu: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”.

Conversa com Cláudia Rita Oliveira (realizadora), Luís R. T Matos (realizador) e Madalena Duarte (CES/FEUC).


Quarta | 15 novembro | Migração, racialização e trabalho sexual

Rokh (República Islâmica do Irão) | Pegah Sajedi | 2’45’’
Filme sobre uma prostituta que está a juntar dinheiro para fazer algo.

No es tan fácil (Espanha) | Pedro Irles | 7’
Uma jovem escrava sexual é forçada por dois chulos a realizar a fantasia masculina de sexo com uma "colegial".

Comentários por Sofia José Santos (CES/FEUC), Júlia Garraio (CES) e Rita Alcaire (CES).


Quinta | 16 novembro | Experiência vivida

A minha raiva é underground (Portugal) | Francisca Antunes | 12’57’’
Uma performer desenha um mapa enquanto ouve o ambiente de uma cidade. Ela cria um lugar novo e imaginado onde reflete sobre o trauma e sua ligação com a cidade.

Céu aberto ou espaço limitado (Portugal) | José António Loureiro | 16’39’’
Depois de cumprir uma sentença na prisão, onde sofreu as consequências da solidão e da violência física e emocional, Alberto é libertado. Quando sai tem um ar destruído, frágil e submisso, e não consegue abstrair-se, em momento algum, da violência que sofreu. Vive em desespero, no medo constante de regressar à prisão. Mas, na vida cá fora, a claustrofobia sente-se também no quarto onde dorme e no clube onde começa a trabalhar, embora Alberto lhe tente escapar diariamente.

Conversa com José António Loureiro (realizador), Joaquim Nicolau (ator) e Francisca Antunes (realizadora) moderada por Júlia Garraio (CES) e Rita Alcaire (CES)..


Sexta | 17 novembro | Um caminho a seguir

Mentes que sentem (Portugal) | Ricardo Pinto Reis and Dânia Viana | 45’
No âmbito do projeto SenteMente, um grupo de mulheres, algumas com perturbações psicológicas, junta-se e recorre a diferentes linguagens artísticas para construir uma mostra biográfica. A partir da partilha de diversas experiências traça-se um caminho de resiliência e comunhão que pretende propor uma reflexão sobre a valorização pessoal e colectiva, a inclusão social e a consciencialização para a igualdade de género e, em particular, para a saúde mental.

Comentário de Mattia Faustini (CES) e conversa com Paula Pedregal (encenadora e atriz, codiretora artística de Chão de Oliva).