Oficina
A Saúde no Contexto da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
Marcílio Sandro de Medeiros (Fundação Oswaldo Cruz)
19 de janeiro de 2017, 17h00
Sala 2, CES-Coimbra
Moderação: Stefania Barca (CES)
Resumo
No discurso governamental brasileiro, a política de áreas de proteção ambiental de tipologia de uso sustentável foi criada para conter o acelerado processo de exploração e dilapidação do meio ambiente por meio da preservação de áreas representativas dos biomas naturais galgadas no conhecimento técnico-científico que valorize os saberes locais, ao mesmo tempo, que assegure as condições e os meios necessários para melhoria da qualidade de vida das populações locais que têm seus modos de vida, produção e reprodução social provenientes da exploração dos recursos naturais.
O seminário debaterá como o Estado Brasileiro tem estruturado a política de áreas protegidas e assegurado os bens e serviços sociais, em especial aqueles relacionados ao acesso dos serviços públicos de saúde as populações ribeirinhas nesses territórios, a partir da análise dos resultados preliminares do inquérito epidemiológico domiciliar sobre as condições de trabalho, saúde e vida das populações ribeirinhas, realizada do segundo semestre de 2016 por pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane, unidade técnica científica da Fundação Oswaldo Cruz na Amazônia.
O campo de reflexão teórica e empírica é a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá que é uma das 71 Unidade de Conservação Ambiental do Estado do Amazonas, localizada nas bacias hidrográficas do Médio e Alto Solimões na Região Norte do Brasil, que ocupa uma área de 1.124.000 hectares (aproximadamente 11.240 km²), onde vivem cerca de 11 mil pessoas distribuídas em 200 comunidades e 1.873 domicílios.
Notas biográficas
Marcílio Sandro de Medeiros é geógrafo, mestre em saúde público e servidor investigador do Instituto Leônidas e Maria Deane, unidade técnica científica da Fundação Oswaldo Cruz na Amazônia. É coordenador do Curso de Especialização em Saúde Ambiental na Amazônia e integrante do Laboratório de Territorialidades, Ambiente, Saúde e Sustentabilidade. Pesquisa temas relacionados as Unidades de Conservação e Vigilância Ambiental da Saúde sob a perspectiva da teoria da Determinação Social da Saúde. Atua no Fórum Amazonense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e no Comitê Municipal de Enfrentamento Mortalidade Relacionada ao Trabalho no Amazonas.
Ivani Ferreira de Faria é geógrafa da Universidade Federal do Amazonas investigadora em gestão territorial atuando principalmente nos seguintes temas: Diagnóstico Socioambiental em Unidades de Conservação; Planejamento e Mapeamento Participativo em Áreas Protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas); Ecoturismo de Base Comunitária; Gestao do Território em Terras Indígenas; Educação Escolar Indígena e Etnodesenvolvimento; e Geopolítica Ambiental. Faz parte dos Programas de Pós-graduação em Geografia e Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. É bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Brasil cursando a Cátedra Milton Santos na CES/UC.
Organização: Oficina de Ecologia e Sociedade.