Oficina
Tenda Paulo Freire: trocas, cuidados, diálogos num espaço da Educação Popular em Saúde
Fernanda N. Campos Rizzi (Educadora Popular, Curinga em Teatro do Oprimido, investigadora em saúde)
13 de maio de 2016, 09h30
Sala 1, CES-Coimbra
Resumo
A Tenda Paulo Freire é um espaço educativo coletivo com foco em debates no campo da Extensão Popular e nas trocas de experiências entre diferentes atores e iniciativas das mais diversas áreas. Constitui uma oportunidade para que profissionais, estudantes, professores, técnicos, representantes de movimentos sociais e populares dêem visibilidade as suas ações e socializem o jeito de fazer das práticas de educação popular, que não demarcam uma área específica, mas um referencial teórico e metodológico que conduz essas práticas. A Tenda acolhe diversas ações educativas, como rodas de conversa e expressões diversas da arte popular, teatro popular, poesia, danças regionais ou étnicas, momentos de debate sobre educação popular em saúde ou sobre questões vividas, exposição de filmes, místicas e cuidados diversos. Em primeiro lugar, promove-se uma aproximação à população utilizando o princípio de amorosidade para conhecer o que deve ser problematizado tendo em vista a emancipação. A metodologia promove a contrução coletiva de saber, valorizando múltiplas formas de diálogo entre os atores individuais e coletivos que querem pensar determinado assunto e resgatar a cultura regional e a ancestralidade, e envolve uma proposta de cuidados múltiplos, permintindo aos que quiserem ofertar um cuidar incomum nos espaços tradicionais possam fazê-lo, entendendo que cuidar e ser cuidado é também aprender sobre si e sobre as possibilidades do mundo. Os objetivos concretos desta tenda são: compartilhar a experiência da educadora no campo da Educação Popular em Saúde no Brasil e na sua relação com a Universidade, realizar uma mostra de algumas experiências brasileiras em Educação Popular em Saúde; debater a recente Política Nacional de Educação Popular em Saúde e debater as práticas populares e as metodologias de comunicação no ambiente acadêmico e na comunidade.
Nota biográfica
A educadora popular Fernanda N. Campos Rizzi ("Fernanda Nocam"), é atriz, curinga em Teatro do Oprimido, psicóloga da área da saúde mental, ativista da luta antimanicomial entre outras lutas democráticas brasileiras. É investigadora associada atualmente ao corpo docente do Curso de Psicologia da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), unidade Ituiutaba-MG. Possui projetos de extensão universitária entre eles, em 2015, a Tenda Paulo Freire. Realiza junto com a Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde um trabalho de fortalecimento do encontro entre coletivos sociais com projetos junto a população. Publicou em 2014 artigo referente ao Teatro do Oprimido como método de comunicação democrática e construção de conhecimento coletivo, buscando pensar um Teatro das Emergências. Em 2007 a educadora, que era doutoranda da Universidade de São Paulo (USP), realizou estágio de doutoramento no CES sob a supervisão do Professor Boaventura de Sousa Santos e, neste ano de 2016, acompanhando as publicações de suas aulas magistrais notou que a temática da Educação Popular seria abordada fomentando assim o desejo de levar a Tenda Paulo Freire para o CES.
Atividade no âmbito do projeto de investigação ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo