Eliana Sousa Santos acaba de sagrar-se vencedora da 12.ª edição do Prémio Fernando Távora, com a proposta «Branco a Branco - White salts, white sands» - Uma viagem pelo deserto Americano e Novo México.

Numa cerimónia que decorreu a 3 de abril de 2017 no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, o júri anunciou que, por unanimidade, Eliana Sousa Santos ganhou a 12.ª edição do Prémio Fernando Távora. A arquiteta é atualmente investigadora em pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra com o projeto «George Kubler’s Shape of Time: The Historiographical effect of Portuguese Plain Architecture in Post-revolutionary Portugal». A proposta «’Branco a Branco - White salts, white sands» foi distinguida pelo júri do galardão pela abrangência disciplinar do seu conteúdo, relacionando paisagem, arte e arquitetura e, por outro lado, pela sua referenciação à arquitetura chã e à simplicidade buscada num território abstracto e intangível, «O retiro para um lugar onde o intangível é mais presente, um lugar abstracto.» (excerto da proposta de viagem).

Para a concretização da proposta, Eliana Sousa Santos receberá uma bolsa de viagem no valor de seis mil euros.

Nesta sessão estiveram presentes os elementos do Júri da 12.ª edição: Alexandre Farto (Vhils) [artista urbano], Arq. Florindo Belo Marques, Arq. Marta Fernandes, Dr. Victor Branco (em representação da família do Arquiteto Fernando Távora) e Arq. Nuno Mateus, que apresentou uma conferência com o tema "A Viagem".

A conferência de apresentação do resultado da viagem de Eliana Sousa Santos vai realizar-se a 2 de outubro de 2017, Dia Mundial da Arquitetura, de novo na Câmara Municipal de Matosinhos.

Sobre o Prémio Fernando Távora
O Prémio é organizado pela Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitetos (OASRN) em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos (CMM) e a Casa da Arquitetura (ACA), contando com o patrocínio da Ageas Portugal.

Surge como homenagem a Fernando Távora que, enquanto arquiteto e pedagogo, foi uma influência para sucessivas gerações de arquitetos. Relaciona-se com os hábitos do arquiteto que, durante toda a vida, viajou pelos vários continentes para estudar a arquitetura de todas as épocas. É um prémio anual e nacional destinado a todos os arquitetos inscritos na OA, para a melhor proposta de viagem de investigação. O objetivo é incentivar e valorizar a Viagem de Investigação enquanto instrumento de formação do arquiteto.
O Prémio Fernando Távora possibilita aos arquitetos uma preparação através de experiências reais, valorizando a importância da viagem e do contacto direto com outros países para a formação da cultura do arquiteto.

Lançado em 2005, o prémio distinguiu até agora os arquitetos: Nélson Mota, Sílvia Benedito, Maria Moita, Cristina Salvador, Armando Rabaço, Marta Pedro, Paulo Moreira, Sidh Mendiratta, Susana Ventura, André Tavares e Maria Neto.