António Pinho Vargas foi o vencedor da nona edição do Prémio Universidade de Coimbra. Músico, compositor, intérprete e investigador do CES, além de uma profícua carreira ligada à música e, mais recentemente, à investigação, acaba de publicar o livro Música e Poder: Para uma Sociologia da Ausência da Música no Contexto Europeu (Coimbra: Almedina, 2011), em que se resume a sua dissertação de doutoramento, elaborada sob orientação de Boaventura de Sousa Santos.

Pinho Vargas vê assim o seu nome integrar a lista de individualidades já galardoadas, nomeadamente, o neurocientista Fernando Lopes da Silva (2004), o historiador António Manuel Hespanha e o ator e encenador Luís Miguel Cintra (ex aequo, 2005), a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, (2006), o matemático Marcelo Viana (2007), o investigador José Epifânio da Franca (2008), o artista plástico Julião Sarmento (2009), o ensaísta e escritor Almeida Faria e o cineasta Pedro Costa, (ex aequo, 2010) e a cientista Maria de Sousa (2011).

O júri da edição deste ano, presidido pelo Reitor da UC, João Gabriel Silva, teve como Vice-Presidentes, António V. Monteiro, Administrador do Banco Santander-Totta, e Manuel Tavares, Diretor do Jornal de Notícias, e reuniu nomes de reconhecido mérito da cultura e da ciência portuguesas: Álvaro Laborinho Lúcio (Magistrado, Conselho Superior da Magistratura), Teresa Patrício Gouveia (Administradora da Fundação Calouste Gulbenkian), Manuela Delille (Professora da FLUC), José Manuel Pureza (Professor da FEUC), João Ramalho Santos (Professor da FCTUC) e Helena Saldanha (Professora da FMUC).

O prémio, que é patrocinado pelo Banco Santander Totta e tem um valor monetário de 25 mil euros, será entregue a 1 de março durante a Sessão Solene comemorativa do 722.º aniversário da Universidade de Coimbra. Foi criado em 2003 por iniciativa do então reitor Fernando Seabra Santos, para «privilegiar, valorizar e tornar mais visível uma personalidade portuguesa que se tenha distinguido no campo da cultura ou da ciência».

LER entrevista de António Pinho Vargas ao suplemento Ípsilon [jornal Público, julho de 2011]