Projeto de Tese de Doutoramento

NOVOS MODELOS DE GESTÃO NA SAÚDE E O COTIDIANO DO TRABALHO NA SAÚDE: UM ESTUDO SOBRE O MODELO DE UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR (USF) EM COIMBRA E O MODELO DE CLÍNICA DA FAMÍLIA (CF) NO RIO DE JANEIRO.

Orientação: João Arriscado Nunes e Maria Helena Machado De Souza

Programa de Doutoramento: Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo

Financiamento: Não tem

Em 2018, comemorou-se os 40 anos da Declaração de alma Ata de 1978. Nesta definiu-se a concepção de atenção primária à saúde (APS), que está presente na organização dos sistemas públicos de saúde do Brasil (SUS) e de Portugal (SNS), tendo o primeiro sido criado em 1988 e o segundo, em 1979. Ao longos das décadas de 1990 e 2000, ambos os sistemas vêm sofrendo diversas reformas no âmbito do que é denominado de Nova Gestão Pública (NGP). No caso dos serviços de Atenção Primária à Saúde percebe-se que as reformas dos cuidados primários de 2005 em Portugal tiveram influência na reforma da atenção primária do município do Rio de Janeiro, de 2009 em diante. Logo, a presente investigação estudará os novos modelos de gestão presentes no modelo de Unidades de Saúde Familiar (USFs) e no modelo de Clínicas da Família (CFs), a partir da elaboração de estudos de caso, quer em Coimbra quer no Rio de Janeiro. Estes estudos irão dialogar com o campo teórico da Sociologia do Trabalho, da Sociologia das Profissões e da Saúde do Trabalhador, que é um campo de conhecimento construído a partir de confluências da Medicina Social Latino-Americana e da Saúde Coletiva brasileira. Objetiva-se refletir como estes novos modelos de gestão e gerência do trabalho em saúde interferem nas relações de trabalho no cotidiano dos serviços acima citados, bem como nas práticas profissionais e na produção do cuidado em saúde.