Mesas-Redondas | (Des)Codificar Masculinidades

Media e Violência Sexual na era #MeToo. O caso português

15 e 16 de outubro de 2020, 17h00-20h00 (GMT +01:00)

Evento em formato digital

Notas biográficas

Aida Gomes nasceu em Angola, estudou Sociologia na Holanda e tem um M.A. em Estudos do Desenvolvimento. Trabalhou e viveu de 1997 a 2017 em Kosovo, Libéria, Guiné-Bissau, Angola, Sudão, Moçambique, Suriname e Camboja para, entre outros, organizações não-governamentais regionais e multilaterais, com particular frequência para missões de paz das Nações Unidas. Publicou em 2011 o romance Os Pretos de Pousaflores (D. Quixote/Leya, Lisboa). Tem diversos textos publicados no Buala; Development Workshop (Luanda); Occasional Papers Series, Universidade de Nijmegen (Holanda); Revue Noire (Paris); Jornal DEMOS (Maputo); Furies Theme (Nijmegen, Holanda).

Aline Flor é jornalista da equipa de áudio do Público. Autora do podcast “Do Género”, sobre mulheres e igualdade, acompanha questões relacionadas com igualdade de género, violência contra as mulheres e movimento feminista. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto e mestre em Comunicação Audiovisual pelo Instituto Politécnico do Porto.

Ana Oliveira é socióloga. Investigadora em pós-doutoramento no CES, onde integra o Núcleo de Democracia, Cidadania e Direito. Licenciada em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e mestre em Sociologia da Música pela Universidade de Edimburgo, concluiu em 2018 o doutoramento em Estudos Feministas, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com a tese "A expressão normativa do assédio: aproximações sociojurídicas à sexualidade".

Ângelo Fernandes é o fundador da Quebrar o Silêncio, a primeira associação portuguesa de apoio especializado para homens e rapazes vítimas de violência sexual. Além do apoio prestado, também trabalha no sentido de informar e sensibilizar o público em geral sobre violência sexual, especificamente contra homens e rapazes, contribuindo para a desconstrução de estereótipos de género. Com o objetivo de promover a prevenção da violência sexual e também na intimidade, dinamiza sessões de sensibilização em escolas do secundário, ensino superior e outros públicos. O tema das masculinidades é um tema que tem sido trabalhado ao longo da sua experiência na Quebrar o Silêncio por se cruzar a violência sexual contra homens e rapazes.

Carla Cerqueira é consultora do DeCodeM. Doutorada em Ciências da Comunicação - especialidade de Psicologia da Comunicação pela Universidade do Minho.  Atualmente é investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS-UM). Os seus interesses de investigação incluem género, feminismos, ONG e média. Tem participado em diversos eventos científicos nacionais e internacionais, editado e publicado livros, capítulos e artigos nessas áreas de investigação. É coordenadora da secção de Research & Policy do GAMAG – Global Alliance on Media and Gender. Mantém um envolvimento ativo com várias associações científicas (inter)nacionais e organizações não-governamentais portuguesas na área da igualdade de género e direitos humanos.

Inês Amaral é investigadora do DeCodeM, onde é facilitadora da área temática de “Me Too”. É doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho (2012). É Professora Associada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigadora no Centro de Estudos em Comunicação e Sociedade (Universidade do Minho). Ensina no campo da Comunicação Digital e tem realizado trabalho de investigação sobre sociabilidade em redes sociais online; consumos mediáticos na era digital; media sociais, participação e movimentos sociais; inclusão digital e envelhecimento ativo; media e literacia digital; género e media.

Isabel Ventura é investigadora do CEMRI, Universidade Aberta e docente convidada na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto, onde coordena um seminário de Mestrado sobre Direito, Género e Crimes Sexuais. É doutorada em sociologia, com uma tese sobre violência sexual e justiça, que ganhou o Prémio APAV Investigação 2016 e o Prémio Maria Lamas 2018. É autora de Medusa no Palácio da Justiça ou Uma História da Violência Sexual (Tinta-da-China) e de As Primeiras Mulheres Repórteres: Portugal décadas 60 e 70 (Tinta-da-China). É membro da Associação Portuguesa em Estudos sobre as Mulheres e da Associação Mulheres Sem Fronteiras.

Júlia Garraio é investigadora do DeCode/M, onde é facilitadora da área temática #MeToo. É investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Doutorada em Literatura Alemã. O seu projeto de pós-doutoramento debruçou-se sobre a memória pública da violação de mulheres e adolescentes alemãs no contexto da Segunda Guerra Mundial. Publicou vários estudos sobre a forma como as experiências de mulheres na guerra são representadas e memorializadas em narrativas nacionais. É membro e co-fundadora do International Research Group Sexual Violence in Armed Conflict (SVAC) (http://www.warandgender.net).

Maria João Faustino é doutoranda em Psicologia na Universidade de Auckland. A sua investigação de doutoramento incide sobre as mutações em curso nos repertórios heterossexuais – especificamente em torno da heteronormalização do sexo anal –, respetivas dinâmicas coercivas e genderizadas. Tem publicado sobre violência sexual, representações da sexualidade nos media e tecnosexualidade. 

Paula Cosme Pinto foi jornalista do Expresso durante 10 anos, mas mudou-se para o outro lado da comunicação para integrar a equipa da agência criativa O Apartamento. Contudo, manteve a coluna de opinião A Vida de Saltos Altos no site do semanário, onde se debruça sobre os desafios da igualdade de género e os direitos das mulheres. Pelo caminho lançou “Os Segredos da Maleta Vermelha”, um livro sobre a sexualidade das portuguesas. Adora observar pessoas, mas odeia rótulos: mais do que consultora, colunista, jornalista ou ativista, assume-se como mulher. Das que gostam de questionar o status quo.

Rita Basílio Simões é Professora Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, no Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação. Investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) e investigadora associada do Centro de Estudos Sociais, as suas principais áreas de investigação contemplam os estudos feministas da comunicação e dos media e as representações sociais da violência. Membro da European Communication Research and Education Association (ECREA) e da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM), coordena atualmente o Grupo de Trabalho em Género e Sexualidades da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), que também integra.

Sofia José Santos é Professora Auxiliar na Faculdade de Economia e Investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde coordena o projeto DeCodeM como Investigadora Principal, e onde tem desenvolvido, desde 2008, investigação sobre media e relações internacionais; media e masculinidades; representações mediáticas e processos de securitização; e internet e tecnopolítica. Doutorada em Política Internacional e Resolução de Conflitos pela Universidade de Coimbra, é também, no âmbito do CES, investigadora dos projetos (D)eOthering e PARENT, coordenadora da linha temática "Media e Masculinidades" no Promundo-Portugal, co-editora do Alice News e co-coordenadora do NHUMEP.

Tina Askanius é consultora internacional do DeCodeM. É Professora Associada na Escola de Artes e Comunicação da Universidade de Malmö, Suécia. Tem Doutoramento em estudos de media e comunicação pela Universidade de Lund. Escreveu e publicou extensivamente sobre a relação entre os movimentos sociais e os medias sociais no contexto dos movimentos de justiça social e, mais recentemente, também de movimentos ultranacionalistas e neonazis.


Ciclo de Roda de Conversas

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