Seminário

A guerra que nunca acabou: histórias e memórias da guerrilha em São Domingos do Araguaia

Marcos Edílson de Araujo Clemente (FLUC)

6 de outubro de 2016, 18h00

Sala 2, CES-Coimbra

Resumo

Este seminário tem por objetivo analisar a experiência histórica conhecida como Guerrilha do Araguaia, conforme as narrativas de memórias dos moradores de São Domingos do Araguaia, Pará. Trata-se, portanto, de recuperar e problematizar a memória coletiva da guerrilha do Araguaia. Ainda mais pela possibilidade de se romper o medo imposto pelo que chamam de «segunda guerra». Trabalho que implica em mapear a «comunidade de narradores», os sujeitos portadores de experiências de vida que reconhecidamente, segundo critérios sociais da comunidade, apresentem «fluência narrativa», um lastro razoável de recordações. A questão é possibilitar a rememoração, conforme conceito de Paul Ricoeur.


Nota biográfica

Marcos Edílson de Araujo Clemente é investigador de pós-doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – FLUC. Doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 2011) e mestre pela Universidade Estadual de Campinas, São Paulo (Unicamp - 2003). É professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins – UFT- Campus de Araguaína. Integra o corpo docente do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História – ProfHistória. Desenvolve pesquisas sobre a relação história e memória, especialmente sobre o evento conhecido como a guerrilha do Araguaia, em especial sobre as narrativas dos moradores de São Domingos do Araguaia, Pará. Publicou a obra Lampiões Acesos: o cangaço na memória coletiva e depois A cultura política do Cangaço, esta última aguardando lançamento no Brasil, pela Fundação Joaquim Nabuco- Fundaj - em Recife, Pernambuco. Coordena as atividades do Grupo de Trabalho – Histórias, memórias e narrativas nas perspectivas de Jörn Rüsen e Paul Ricoeur.

Atividade no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz | NHUMEP