Lançamento/Debate

"Os Lugares (Im)possíveis da Cidadania; Estado e Risco num Mundo Globalizado" de Pedro Araújo e José Manuel Mendes

31 de janeiro de 2014, 18h30

Almedina Estádio Cidade de Coimbra

Comentário de Ricardo Garcia (Jornalista do Público)


Enquadramento

A partir de estudos e reflexões que abarcam diferentes países e diferentes regimes de regulação do risco, no livro "Os Lugares (Im)possíveis da Cidadania; Estado e Risco num Mundo Globalizado" procura-se analisar o trabalho político realizado, dos níveis local ao transnacional, para normalizar os acontecimentos extremos ou as situações perigosas permanentes. Esta é uma questão política que se relaciona com o problema da relação entre os Estados, os interesses privados e públicos e a construção da democracia.

A crescente escala global dos riscos e o papel central das agências de regulação transnacionais, e a consequente dissociação da nação e do Estado, desvia as atenções dos mecanismos materiais e simbólicos que operam no terreno da política interna dos Estados e na luta política que emerge em resultado da ocorrência de acontecimentos extremos e das situações perigosas permanentes.

Os acontecimentos extremos e as situações perigosas permanentes mostram o trabalho político incessante para colocar os grupos e os indivíduos descartáveis fora das redes sociais e das comunidades nacionais imaginadas.

A alternativa é o delinear de tecnologias sociais de participação que conduzam à construção de epistemologias cívicas que permitam a presença informada e crítica dos cidadãos no espaço público. Estas epistemologias cívicas definem como as sociedades democráticas adquirem um conhecimento comum para objetivos de ação coletiva, sendo aquelas moldadas pelas diferentes culturas políticas e pelos contextos nacionais.


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