Resumo

Martin Moore procede a uma historicização fundamentada da crise da COVID-19 na Grã-Bretanha e do apelo para se proteger e salvar o serviço nacional de saúde britânico (NHS). Esse apelo está intimamente ligado a um processo temporal de ameaças existenciais relacionadas com um desinvestimento brutal no serviço de saúde e a sua articulação com um conjunto crescente de ameaças existenciais. Por outro lado, uma longa trajetória do pensamento político e cultural dominante tem colocado as pessoas idosas, “vulneráveis” e “em risco” numa situação ambígua nos processos de hierarquização social e económica.

Só se compreende as reações nacionais à COVID-19 colocando as mesmas na longa duração da história nacional e internacional e nas particularidades das decisões das estruturas dominantes e na configuração das políticas públicas.