Livro

«Crime, Raça e Suspeição: A tecnologia de inferência fenotípica na investigação criminal na Europa» de Filipa Queirós

Afrontamento | 2021

Sinopse

A inferência fenotípica, tecnologia em estudo nesta obra de cariz sociológico, permite, a partir do DNA, inferir a aparência física e a ancestralidade biogeográfica de potenciais suspeitos. Explorando as perspetivas e os futuros tecnológicos projetados por profissionais de áreas diversas, baseados em cinco países da Europa, esta obra analisa as controvérsias, as expectativas e o papel que estas ocupam no desenvolvimento e na aplicação desta tecnologia na Europa. Revelando a existência de expectativas coletivas que apontam para o caráter promissor do futuro da inferência fenotípica na investigação criminal, este livro discute o papel da ciência na (re)construção de formas coletivas de suspeição criminal, aumentando a exposição de determinados grupos populacionais a ações de controlo, vigilância estatal, discriminação e estigmatização social.

Este livro foi realizado com o apoio financeiro do Conselho Europeu de Investigação (ERC) sob o programa de pesquisa e inovação da União Europeia Horizonte 2020 (Contrato Nº 648608), no âmbito do projeto «EXCHANGE – Geneticistas forenses e a partilha transnacional de informação genética na União Europeia: Relações entre ciência e controlo social, cidadania e democracia», liderado por Helena Machado e sediado no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. Entre outubro de 2015 e setembro de 2017 o projeto EXCHANGE esteve sediado no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
 

Sobre a autora

Filipa Queirós é doutorada em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Explorando os desafios éticos, regulatórios, políticos e sociais associados ao uso de tecnologias emergentes no contexto da investigação criminal, a investigação que desenvolve analisa a complexa teia de relações entre o desenvolvimento de tecnologias genéticas e os mecanismos institucionais de vigilância, controlo e categorização de populações suspeitas. Atualmente, é investigadora no projeto QUALIS onde desenvolve investigação sobre as condições de trabalho no sistema judicial.