Investigação
Bolsas Individuais Marie Skłodowska-Curie
NOVO Deadline: 27 junho 2021
Devido ao atraso na abertura do concurso, o Centro de Estudos Sociais (CES) informa sobre os novos prazos para apresentação de candidaturas ao CES como instituição de acolhimento na call Marie Sklodowska-Curie – Postdoctoral Fellowships 2021.
O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra informa que acolhe candidaturas de investigadoras/es interessadas/os em concorrer ao concurso de Bolsas Individuais Marie Sklodowska-Curie Actions - Individual Fellowships (MSCA) em ambas as modalidades (European e Global).
São candidatas/os elegíveis investigadoras/es detentoras/es de grau de Doutoramento, com experiência de investigação pos-doutoral até um máximo de 8 anos, e que cumpram os seguintes critérios de mobilidade:
- regra de mobilidade do programa MSCA: não ter residido nem desenvolvido a sua atividade principal no país da instituição de acolhimento por mais de 12 meses nos últimos 36 meses.
- ser nacional ou residente de longa duração (pelo menos 5 anos consecutivos) de um Estado Membro da EU ou país Associado (só para modalidade Global)
As propostas devem enquadrar-se numa das seguintes linhas de investigação do CES:
- Linha Temática 1: Capitalismo (Semi)Periférico: Crises e Alternativas;
- Linha Temática 2: Estado de Direito e Democracia na encruzilhada
- Linha Temática 3: A Europa e o Sul Global: Patrimónios e Diálogos
- Linha Temática 4: Risco(s), Ecologia e Saúde Pública
- Linha Temática 5: Culturas Urbanas, Sociabilidades e Participação
O processo de submissão da candidatura ao CES está organizado em duas fases:
- Até 27 de junho de 2021 as/os candidatas/os submetem uma síntese da proposta, através de formulário eletrónico disponível aqui.
- As/Os Candidatas/os que sejam aprovados na primeira fase são convidadas/os a participar num workshop online no dia 21 de julho e submetem por e-mail uma proposta completa até 8 de agosto.
O prazo final do concurso é 12 de outubro de 2021 (a confirmar).
Candidaturas submetidas depois do prazo interno estabelecido ou incompletas não serão consideradas pelo CES.
Para informação detalhada, por favor consulte a página dedicada da Comissão Europeia.
- Linha Temática 1: Capitalismo (Semi)Periférico: Crises e Alternativas: Esta linha temática examina as principais transformações socioeconómicas das sociedades capitalistas ao longo do último meio século. Um destaque especial é colocado na posição vulnerável dos países (semi) periféricos na economia mundial, incluindo as formas subordinadas de financeirização que têm intensificado os desequilíbrios macroeconómicos, sociais e territoriais, as persistentes desigualdades sociais e a dependência internacional. O principal objetivo desta linha temática é contribuir para a construção de uma economia social, ecológica e territorialmente sustentável, através do desenvolvimento de políticas públicas que atendam de forma efetiva e equitativa às cada vez mais frequentes crises económicas, sociais e de saúde pública, bem como aos desafios cada vez mais prementes das alterações climáticas.
- Linha Temática 2: Estado de Direito e Democracia na encruzilhada: Esta linha temática examina a regulação sócio-legal e política de formas específicas de domínio e emancipação que moldam entendimentos diversos e muitas vezes concorrentes de democracia, direitos humanos e justiça social, com um foco específico nas relações entre o Norte Global e o Sul Global. O principal objetivo desta linha temática é contribuir para a construção de democracias participativas robustas, comprometidas com os desafios colocados pelas lutas coletivas que confrontam os principais sistemas interligados de opressão e desumanização, com o objetivo de garantir o cumprimento efetivo dos direitos humanos para atingirmos sociedades resilientes, anti-racistas, anti-sexistas, interculturais e solidárias.
- Linha Temática 3: A Europa e o Sul Global: Patrimónios e Diálogos: Esta linha temática oferece uma visão alternativa e inovadora da história e cultura europeias contemporâneas, prestando atenção ao imperialismo tardio, à descolonização e aos legados pós-coloniais. A Europa dos nossos dias é cada vez mais interpelada por questões que incidem fortemente sobre a própria ideia de “Europa” e que exigem um repensar das heranças da Europa e, ao mesmo tempo, do próprio projeto de modernidade, com as suas vertentes políticas, epistemológicas e legados estéticos. O principal objetivo é compreender os desafios que a Europa enfrenta (como conceito e como projeto), como parte de um mundo cada vez mais multipolar, avaliando as transições pós-coloniais atuais, reconhecendo os legados do passado, bem como a urgência de repensar a Europa como um novo possível espaço cosmopolita e pós-migratório.
- Linha Temática 4: Risco(s), Ecologia e Saúde Pública: O principal objetivo desta linha temática é promover uma abordagem integrada aos riscos e ameaças (naturais, sociais e tecnológicos) e seus impactos no ecossistema e na saúde e bem-estar humanos. Este propósito será alcançado através de diálogos com abordagens como a estrutural One Health e intervenções socialmente robustas, assentes em ferramentas e procedimentos de Investigação responsável e privilegiando a inovação. Esta linha irá desenvolver metodologias e estruturas analíticas para antecipação, mitigação e recuperação adequadas dos riscos e ameaças. Esta abordagem integrada incorpora as alterações climáticas e emergências de saúde, propondo alternativas sustentáveis e ecológicas para a produção, consumo, saúde e assistência social.
- Linha temática 5: Culturas Urbanas, Sociabilidades e Participação: As culturas urbanas, em todo o mundo, estão no centro da crise social que vivemos, como resultado da pandemia, dos movimentos populistas antidemocráticos, dos desafios climáticos ou da agitação social resultante do aprofundar das desigualdades. As cidades e todos os espaços urbanos e suburbanos são agora o palco de uma mudança que marca uma época, marcadas por crescentes episódios de pânico e incerteza. Focada nas culturas urbanas, esta linha temática visa explorar vários aspetos da evolução cidades, dos hábitos da vida quotidiana às novas mobilidades, da desregulamentação do turismo às novas regras de saúde pública obrigatórias, da interpelação literária às reivindicações sociojurídicas, das transformações urbanas ao desenvolvimento sustentável.