SEminário | SAÚDE: Estudos Críticos e Novos Ativismos
Saúde da Família e Reforma Psiquiátrica Brasileira: Políticas Públicas e as Práticas de Cuidado em Saúde Mental
Edimilson Duarte (UNIGRANRIO)
26 de outubro de 2022, 16h00 (GMT+1)
Evento em formato digital
Apresentação
No Brasil, o percurso histórico da Reforma Psiquiátrica Brasileira é marcado pelo desafio da efetivação da desinstitucionalização da loucura. No passado, a prática manicomial era o que determinava o asilamento e, consequentemente, a exclusão social da pessoa dita como louca. Atualmente, a Reforma psiquiátrica em curso, enfrenta problemas em sua operacionalização que apontam para a emergência de novas formas (metodologias) para lidar com os desafios que ainda colocam em risco a efetivação do que determina os direitos garantidos pelas Políticas Públicas conquistadas através da Reforma Psiquiátrica. A Estratégia Saúde da Família é resultado dos direitos investidos pelo Sistema Único de Saúde, enquanto promoção e prevenção em saúde. São práticas de cuidado em saúde pública que visam, ética e politicamente, o exercício da cidadania para a população brasileira. Tal perspectiva, enquanto Políticas Públicas, segue de encontro com o que determina a Reforma Psiquiátrica. Tanto a estratégia Saúde da Família como a Reforma Psiquiátrica buscam garantir práticas de bom cuidado em saúde no território, onde o indivíduo e a família são focos de atenção para o exercício do direito à assistência em saúde de forma plena e integral.
O objetivo da comunicação é apresentar a prática do matriciamento em saúde mental como metodologia de trabalho utilizada entre os profissionais da saúde mental e a equipe da saúde da família. Trata-se da prática de cuidado no território de forma integrada para garantir a assistência em saúde, promovendo o exercício de cidadania da pessoa em sofrimento psíquico/ transtorno mental. Diante do exposto, entende-se que o matriciamento pode oferecer boas práticas de cuidado em saúde e, consequentemente, favorece a desinstitucionalização da loucura e a autonomia do sujeito em sofrimento psíquico. Tal metodologia sustenta a clínica do sujeito e, por fim, produz reflexões sobre saberes e as práticas de cuidado no campo da saúde mental, levando em consideração os aspectos psicossociais, o cotidiano e o coletivo em busca de uma sociedade sem manicômios.
Nota biográfica
Edimilson Duarte | Graduação em Psicologia. Mestre e doutor em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ/Brasil. Pós-doutoramento e pesquisador visitante do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra – Portugal – CES/UC/PT. Curso de aperfeiçoamento em atendimento ambulatorial em saúde mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ/Brasil. Foi membro do Colégio Freudiano do Rio de Janeiro. Vinculado institucionalmente ao curso de graduação em medicina da Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy -UNIGRANRIO.
Coorganização: Tiago Pires Marques e Susana de Noronha (CES)
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Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória. No entanto, está limitada ao número de vagas disponíveis. >> https://us02web.zoom.us/j/89261562551 | ID: 892 6156 2551 | Senha: 662753
Agradecemos que todas/os as/os participantes mantenham o microfone silenciado até ao momento do debate. A/O anfitriã/ão da sessão reserva-se o direito de expulsão da/o participante que não respeite as normas da sala.
As atividades abertas dinamizadas em formato digital, como esta, não conferem declaração de participação uma vez que tal documento apenas será facultado em eventos que prevejam registo prévio e acesso controlado.