Apresentação de livro

«Corpos na Trouxa | Histórias-artísticas-de-vida de mulheres palestinianas no exílio» de Shahd Wadi

19 de fevereiro de 2018, 18h00

Sala 1, CES | Alta

Apresentação de José Manuel Pureza. Curta intervenção da autora e leitura de alguns poemas incluídos no livro.

Coleção CES/Almedina | Série «Identidades e Interculturalidades» 2017


Sinopse

Enquanto mulher palestiniana, trago comigo este livro como o meu próprio corpo na trouxa do exílio. 'Corpos na trouxa' trará também consigo um dia o meu corpo na trouxa do regresso a uma Palestina livre. Foi a trouxa que me deu a conhecer a história do exílio da minha família da Palestina. E foi ela que me ensinou a conhecer-me a mim mesma. De tudo isto trata este livro.

'Corpos na trouxa' são as histórias de vida de mulheres palestinianas no exílio contadas pela arte e pelos corpos. Através de criações artísticas e culturais contemporâneas, estas mulheres narram a história da Palestina que acontece no seu corpo, uma história que é também a minha. Fica a pergunta: será que podemos recriar nos corpos e na arte o nosso lugar perdido e a nossa base de resistência feminista e palestiniana?

Um poema, um filme, uma pintura, um romance, uma música, uma fotografia – eis as trouxas do exílio, que não só acolhem os nossos corpos, as nossas memórias e histórias de vida, como são o lugar onde exercemos a nossa resistência. Este livro é também a minha resistência.


Sobre a autora

Shahd Wadi. Palestiniana, entre outras possibilidades, mas a liberdade é sobretudo palestiniana. Procurou as suas resistências ao escrever “Feminismos dos corpos ocupados: as mulheres palestinianas entre duas resistências”, tese de mestrado em Estudos Feministas pela Universidade de Coimbra, a mesma instituição onde veio a obter o doutoramento. Para os respetivos graus académicos, ambas as teses foram as primeiras no país na área dos Estudos Feministas. Foi então selecionada para a plataforma Best Young Researchers (erd). Na sua investigação, que serve de base a este livro, aborda as narrativas artísticas no contexto da ocupação israelita da Palestina e considera as artes um testemunho de vidas. Também da sua.