Seminário
Arquivos e Fontes do Modernismo Português
Fernanda Vizcaíno
Filipa Freitas
Jerónimo Pizarro
4 de outubro de 2018, 15h00
Sala 2, CES | Alta
Enquadramento
Primeiro seminário do ciclo «Circulação e Materialidade nos Novos Estudos Modernistas Transnacionais: Redes Translocais, Arquivos e Revistas» (CES-UC, outubro-dezembro 2018) que visa explorar o campo conceptual e prático de interseções disciplinares nos Novos Estudos Modernistas, com especial enfoque na materialidade de revistas e arquivos modernistas, que convocam domínios como «cultural & area studies, periodical & digital studies».
Este ciclo com intervenientes de instituições nacionais e internacionais visa, por um lado, a disseminação de conteúdos científicos, nomeadamente de trabalhos publicados no número especial da Pessoa Plural sobre ‘Modernismo português em torno de 1915-17’ (Out. 2017) e de outros trabalhos produzidos por investigadores do NHUMEP na área do Modernismo e em colaboração com investigadores de outras instituições nacionais e internacionais.
Por outro lado, ao abranger estudos de caso de objetos de estudo, temáticas e metodologias centrais e emergentes dos novos estudos modernistas, visa igualmente a formação complementar de estudantes de (pós-)graduação em estudos humanísticos.
Programa
Jerónimo Pizarro (Universidad de los Andes, Colômbia): Manuscritos e Arquivos de Fernando Pessoa
Fernanda Vizcaíno (Universidade do Minho): Correspondência de Fernando Pessoa
Filipa Freitas (CET, FLUL), Arquivo Digital do Teatro de Fernando Pessoa
Notas biográficas
Jerónimo Pizarro é Professor da Universidad de los Andes, Titular da Cátedra de Estudos Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e Doutor pelas Universidades de Harvard (2008) e de Lisboa (2006), em Literaturas Hispânicas e Linguística Portuguesa. No âmbito da Edição Crítica das Obras de Fernando Pessoa, publicadas pela INCM, contribuiu com sete volumes, sendo o último a primeira edição crítica de Livro do Desasocego. Em 2010 a D. Quixote publicou A Biblioteca Particular de Fernando Pessoa, livro que preparou com Patricio Ferrari e Antonio Cardiello, depois dos três coordenarem a digitalização dessa biblioteca com o apoio da Casa Fernando Pessoa. Em 2011 a Legenda publicou o livro Portuguese Modernisms in Literature and the Visual Arts, co-organizado com Steffen Dix, com quem já tinha co-editado, em 2008, um número especial da revista Portuguese Studies, e em 2007, um livro de ensaios, A Arca de Pessoa. De 2011 2013 Pizarro foi o Coordenador de duas novas séries da Ática (1. Fernando Pessoa | Obras; 2. Fernando Pessoa | Ensaística), contribuíndo com mais de dez volumes. Actualmente dirige a “Colecção Pessoa” da Tinta da China. Em 2013 foi o Comissário da visita de Portugal à Feira International do Livro de Bogotá (FILBo) e ganhou o Prémio Eduardo Lourenço.
Fernanda Vizcaíno é detentora de um Mestrado em Tradução e Interpretação Especializadas, no ISCAP (2012), com o título “Canções / Songs: Fernando Pessoa traduz António Botto”. Continuou o seu percurso académico na Universidade do Minho, no programa doutoral em Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas e defendeu recentemente (2018) uma tese de doutoramento baseada na edição crítica da correspondência literária de Fernando Pessoa, focando-se nas cartas enviadas por Pessoa.
Filipa de Freitas é mestre em Estudos Portugueses (com uma dissertação sobre Francisco de Sá de Miranda) e em Filosofia (com uma dissertação sobre Fernando Pessoa/Barão de Teive) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH UNL). Defendeu recentemente um doutoramento em Filosofia (FCSH UNL) com um projeto de investigação sobre Álvaro de Campos e Søren Kierkegaard. Foi Bolseira de Investigação em vários projetos sobre Edição e História do Teatro em Portugal. Colabora e/ou integra projetos sobre Fernando Pessoa, nomeadamente Fausto: uma existência digital. Publicou vários artigos nas mesmas áreas de investigação e participou em edições críticas, tendo colaborado em Comédias de Francisco de Sá de Miranda (INCM, 2013) e na Obra Completa de Álvaro de Campos (Tinta da china, 2014), e coeditado Teatro Estático de Fernando Pessoa (Tinta da china, 2017).