Encontro

Como se representa os refugiados nos meios de comunicação social?

1 de março de 2016, 09h30-17h30

Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL) [Picoas Plaza - Rua Viriato, 13]

Enquadramento

A forma como as notícias são apresentadas influencia o modo como as pessoas interpretam a realidade que as rodeia. O caminho que leva à constituição de espaços representacionais, ou à legitimação da imagem de uma população determinada, nunca é fácil de circunscrever. No entanto, a discussão e a reflexão sobre que imagem escolher, que perspetiva, o que focar, sobre quem entrevistar, encontra-se na prática diária dos jornalistas, pelo que os meios de comunicação constituem canais privilegiados através dos quais interpretações da realidade são difundidas e através dos quais se criam condições para as acreditar.

Muito do espaço e tempo nos media tem sido dedicado ao recente fluxo de refugiados chegados à Europa, fugidos essencialmente de contextos de guerra, mostrando a importância da forma como certas mensagens são transmitidas. Embora não sempre homogéneos, alguns discursos dos meios de comunicação têm contribuído para mediatizar e legitimar movimentos anti-migração racistas e o controlo cada vez mais restrito tanto das fronteiras externas europeias, como da suspensão temporária do Espaço Schengen. Como se posicionam, a este respeito, os jornalistas que trabalham na área das migrações? Que argumentos ou condições de trabalho estão na base destes discursos? O corte no financiamento de reportagens no estrangeiro está a condicionar a forma como recebemos notícias de outras partes do mundo? Qual é o impacto das imagens apresentadas e dos discursos difundidos nos meios de comunicação na forma de pensarmos?


Organização
- Grupo “Refugiados e Migrações: Iniciativas e Reflexões” (RMIR)

Parcerias
- Câmara Municipal de Lisboa.
- Le Monde Diplomatique, edição portuguesa.
- Sindicato dos Jornalistas