Exposição Pop-Up

"Curar o mundo": cosmovisões em diálogo

28 de agosto: 18h00-23h00 | 29 de agosto: 11h00-23h00

Rua Fernando Tomás n.º17 (Coimbra)

Enquadramento

Esta exposição é baseada no trabalho de investigação de Giovanna Micarelli e Hernán Gomez entre os povos indígenas da Amazónia Colombiana ao longo de 8 anos, e das nossas conversas com o artista angolano Hamilton Francisco. Sem pretensões de refletir a complexidade do pensamento filosófico dos povos indígenas amazónicos, o objetivo da exposição é apresentar alguns conceitos em torno da relação entre os seres humanos e a natureza, as suas conceções do indivíduo e da sociedade, do território e do mundo espiritual, e do trabalho pessoal e coletivo de curar o mundo.

A exposição apresenta 13 obras acompanhadas por textos da tradição oral dos povos indígenas da Amazónia colombiana, gravações de cantos rituais e um documentário (17’) sobre o processo de organização intercultural dos povos indígenas a quem se referem as obras da exposição.

A exposição faz parte da componente de divulgação dos projetos de investigação IEIPWA - Indigenous Epistemologies and Images of Public Wealth in AmazoniaALICE: espelho estranhos, lições imprevistas: definido para a Europa um novo modo de partlhar as experiências do mundo.


Notas biográficas

Giovanna Micarelli tem um PhD em antropologia, é professora da Universidade Javeriana de Bogotá e investigadora convidada do CES, Universidade de Coimbra. Tem trabalhado na Amazônia desde 1995, com os Shipibo Conibo da região do Ucayali, no Peru, os Tikuna do Rio Amacayacu, e os povos indígenas que se autodenomina Gente de Centro na Amazonia Colombiana. Tem publicado sobre as interpretações críticas dos indígenas sobre desenvolvimento e  modernidade, as compreensões sócio-ambientais na construção e defesa do territorio, e sobre as epistemologias indígenas. Tem participado ativamente em vários processos de afirmação cultural e auto-determinação indígenas.

Hernán Gomez - artista Colombiano, se iniciou cedo nas artes cénicas. Num intercambio cultural com o Perú, na Escola de Pintura Amazónica Usko-Ayar, se apaixonou pelas artes plásticas e os povos indígenas da Amazónia. Tem desenvolvido o seu trabalho na prática de projetos culturais e ambientais na Amazónia Peruana e Colombiana, assim como no meio urbano, tentando recriar as pontes entre as ciências e as artes. Produziu estratégias e materiais de comunicação, ilustrações, arte urbana e obras de teatro e é co-director da Fundación Eutopia-Buen Lugar (Colômbia).

Hamilton Francisco (Babu) - nasceu em Angola, em Abril de 1974 e desde muito cedo teve a paixão pela pintura. Estudou Desenho Industrial no Centro de Formação e Tecnologia Manauto 2 em Luanda. Já em Portugal, aprofundou os seus conhecimentos nesta área. Trabalha várias técnicas, incluindo a serigrafia artesanal. Atualmente trabalha como artista plástico no Projecto Museus no Centro, em Coimbra. Tem participado em várias exposições individuais e coletivas, bem como residências artísticas em vários países. As suas obras estão presentes em coleções públicas e privadas, em Portugal e no exterior.
 


Financiamento
Bolsas Marie Curie - CE - 7º Programa Quadro