Seminário

30 anos da CUT: sindicalismo brasileiro e os desafios nacionais e internacionais

Fernanda Forte de Carvalho

Hélio da Costa

Marcos Ferraz

17 de dezembro de 2013, 15h30

Sala 1, CES-Coimbra

Resumo

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) completou em agosto de 2013 trinta anos de sua fundação. Essa data se reveste de um significado especial, pois, trata-se da maior e mais representativa organização dos trabalhadores do Brasil e a mais longeva experiência de Central Sindical na história do sindicalismo brasileiro.

Herdeira do chamado “novo sindicalismo” que emergiu na cena política brasileira no final dos anos 1970, em franca oposição à ditadura militar, a CUT rapidamente se constituiu como força hegemônica e expressão do sindicalismo combativo e de luta em oposição ao “sindicalismo pelego” dominante no período. A fundação CUT surge como consequência do processo de luta do sindicalismo brasileiro contra a ditadura e pela democratização do país em que a classe trabalhadora assumiu um papel  protagonista que alterou os rumos da redemocratização  no Brasil, concebida pela elite militar e civil brasileira,  para ser lenta, gradual  e ausente de participação popular. 

Nesses 30 anos de trajetória, a CUT passou de símbolo de um projeto de transformação socialista a uma instituição plenamente integrada ao processo democrático formal e elemento de sustentação de um governo nacional. Compreender estas mudanças implica em analisar tanto as transformações globais de uma economia mundializada, como a cultura e a prática política de países periféricos. O objetivo do presente seminário é debater os desafios atuais da CUT no âmbito nacional e internacional, a partir de uma contextualização histórica do cenário político e sindical brasileiro.


Notas biográficas

Marcos Ferraz é doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professor-adjunto na Universidade Federal da Grande Dourados, em que atua como docente na licenciatura de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Sociologia. No momento, atua como investigador em pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, com financiamento da CAPES/Brasil. É autor do livro Disritmia: sindicalismo e economia solidária no interior da CUT; organizador dos livros Educação e Conflito: luta sindical docente e novos desafios; Trabalho e Sindicalismo: tempos de incertezas; e O Sindicalismo Equilibrista. Também escreveu diversos artigos publicados em diferentes revistas científicas.

Fernanda Forte de Carvalho é assessora política da Central Única dos Trabalhadores – CUT/Brasil, neste momento atua na Secretaria Nacional de Formação. Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos (2001), Mestre em Sociologia pela Universidade de Coimbra (2007) e Doutoranda em Sociologia no Programa de Doutoramento "Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo" da Universidade de Coimbra, período 2009-13. 

Hélio da Costa é pesquisador licenciado do Instituto Observatório Social. Mestre em História Social pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e Doutorando em Sociologia do Trabalho na Universidade de São Paulo (USP). Esta em missão de estudo no centro de estudos Sociais (CES) na Universidade de Coimbra de setembro de 2013 a fevereiro de 2014 com bolsa de estudo financiada pela CAPES/Brasil dentro do projeto “Precarização do trabalho, desigualdades sociais e dinâmicas de ação coletiva”.


Nota: Atividade no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades (POSTRADE)