Resumo

Partindo dos campos teóricos instituídos pelos Estudos Feministas e pela Teoria Queer, procurar-se-á reavaliar a noção de sujeito na tradição da Modernidade Estética, articulando-a com a dificuldade de inscrição do ‘feminino’ e a subsequente desestabilização do género. Neste contexto, serão consideradas as posições, respectivamente, projectiva e retrospectiva de Emily Dickinson e Luiza Neto Jorge, duas autoras cujos idiomas poéticos desviantes criam múltiplas fracturas na construção discursiva da subjectividade, desconstruindo assim o sistema de género tradicional, fixo e binário, e problematizando o modo como as identidades sexuais se constroem na (e através da) linguagem.

Nota biográfica

Marinela Freitas é Mestre em Estudos Anglo-Americanos, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Prepara uma dissertação de Doutoramento na área da Literatura Comparada (sobre as obras de Emily Dickinson e Luiza Neto Jorge), com uma bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. É investigadora do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (U. Porto). Tem publicações várias nas áreas da Literatura Comparada, da Literatura Norte-Americana e dos Estudos sobre a Utopia.

Comentadoras:

Licínia Pereira (FLUC)

Isabel Caldeira 

Nota: Conferência no âmbito do VI Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais 2010-2011.