Resumo

Durante muitos anos, o desenvolvimento das cooperativas de produção operária na Península Ibérica viu-se dificultado pela ação dos regimes corporativistas de Salazar e Franco. Em meados dos anos 1970, a transição para a democracia criou novos espaços de cooperação e favoreceu um rápido aumento do número de empresas industriais não-capitalistas.

Ao longo dos anos, em Espanha as cooperativas de produção operária têm se consolidado como um actor importante no sector industrial. Por contraste, em Portugal perderam rápidamente a vitalidade inicial e prácticamente desapareceram do cenário económico.

Com base nos resultados preliminares do meu projecto de investigação de pós-doutoramento, o seminário discute as possíveis causas desta evolução divergente.

Nota biográfica

Andrés Spognardi é investigador pós-doutorando no Núcleo de Estudos sobre Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades (POSTRADE) do CES. É graduado em Economia Política pela Universidade Nacional de Mar del Plata (Argentina), Mestre em Economia da Cooperação pela Universidade de Bolonha (Itália), e Doutor em Ciência Política - com ênfase em análise de políticas públicas - pelo Instituto Italiano de Ciências Humanas (Florença, Itália). Encontra-se actualmente envolvido num projecto de investigação de pós-doutoramento, financiado pela FCT, designado “Divergent  Paths:  A  Comparative  Study  of  Labor-Owned  Industrial  Firms  in  Portugal and Spain, 1970s-2010s”.

Atividade no ãmbito do grupo ECOSOL-CES