Resumo

Utilizando dinâmicas da educação popular e tendo como ponto de partida a obra de Josué de Castro, esta apresentação percorre os impactos econômicos, sociais e políticos da produção social da fome e da indústria de alimentos. Esse tema articula-se com vários outros como colonialismo interno; neocolonialismo; imperialismo; saúde; ambiente; comércio; direitos humanos; uso e propriedade da terra; tecnologias de produção; controle e acesso a conhecimentos e saberes; respeito às diversidades sexuais, culturais e alimentares; direito à água e às sementes. Esses temas serão abordados a partir das experiências da Via Campesina, articulação internacional de camponesas e camponeses. Para a Via é fundamental garantir aos povos o direito a autodeterminação sobre sua própria alimentaçÍ o, por isso o conceito de “Soberania Alimentar”. A questão é atual e se redefine a partir de diferentes interesses de exploração e disputas por territórios e controle comercial sobre a fome e a produção de alimentos.


Nota biográfica

José Guilherme Franco Gonzaga é doutorando do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutorando visitante no CES-UC, sob a orientação da professora Maria Paula Meneses e com bolsa concedida pelo Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior – PDSE da CAPES. Possui mestrado em Educação pela UFF (2006), e graduação em Pedagogia pela UFF (1998). Participa da pesquisa “Interculturalidade – Descolonizando o eurocentrismo da escola outro mundo é possível” (CAPES), coordenado pela professora Regina Leite Garcia. É orientador pedagógico da Rede Municipal de Educação de Barra Mansa – RJ, militante do MST, com experiências e pesquisas nas áreas de reforma agrária, agroecologia, educação popular, movimentos sociais e conflitos de saberes.

Atividade no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe)