Enquadramento

Nas últimas décadas, uma significativa transformação das profissões jurídicas tem sido a sua crescente feminização.

Neste cenário torna-se premente uma questão: quando se fala em feminização do judiciário, procura espelhar-se apenas o aumento do número de mulheres nas magistraturas ou, pelo contrário, estaremos perante uma outra forma de administrar e fazer justiça em que uma variável determinante é o género? Procurando preencher esta lacuna na investigação sociojurídica em Portugal, o objetivo geral deste seminário é discutir a existência de um modelo feminino na administração da justiça e de um modelo feminino de julgar.

Este seminário pretende, pois, entender se existe uma feminização da justiça, em termos não apenas quantitativos, mas qualitativos e se tal contribui para a emergência de uma nova cultura judiciária. Este seminário irá abordar, numa análise comparada, processos de tomada de decisão, administração e gestão da justiça e narrativas sobre o género das/nas magistraturas.

 

Programa

- A feminização das magistraturas em Portugal: algumas questões | Conceição Gomes, Madalena Duarte, Paula Fernando, Élida Lauris, Ana Oliveira (CES)

- Do women judge better? Changes in Judicial Decision Making through Feminisation  | Ulrike Schultz (FernUniversität, Hagen, Alemanha) [Mais informação]

- Questões metodológicas: porquê comparar juízes homens e juízas mulheres? | Teresa Pizarro Beleza (Universidade Nova de Lisboa)
 

Nota: O projeto “As mulheres nas magistraturas em Portugal: percursos, experiências e representações” apresenta dois seminários com Ulrike Schultz: “Percursos e narrativas da feminização das profissões jurídicas” e “O género do direito e da administração da justiça”.
 

A INSCRIÇÃO NESTE EVENTO É GRATUITA MAS OBRIGATÓRIA