Historicamente os mapas têm servido para identificar recursos, expandir fronteiras extrativistas, e estabelecer controle político de territórios. Desta forma, o mapeamento tende a reproduzir as relações, conhecimentos e imaginários dominantes. Os contra-mapas são uma forma de desfazer estas relações, refazendo o mapeamento a partir da perspetiva dos povos e territórios marginalizados: os seus conhecimentos, práticas e visões no confronto ao extrativismo e no desenvolvimento de alternativas para a vida. Porém, os contra-mapeamentos são ferramentas para perturbar relações de poder dominantes, dar voz aos grupos marginalizados, e proliferar imaginários alternativos do mundo. Nesta sessão, discutiremos e poremos em prática algumas das muitas formas de contra-mapeamento que fazem parte das ‘geografias para a resistência’.

Leituras de fundo:

• Kollektiv Orangotango (2018). This is not an atlas: a global collection of counter-cartographies.Transcript Verlag. [recomendação: dê uma olhada ao documento, e escolha qualquer um dos capítulos]
   
• Colectivo de Geografía Crítica del Ecuador. (2017/2018). Geografiando para la resistencia. Cartilla para la Defensa del Territorio. Cartilla 1. Quito (30 pp.) ou Geografiando para la resistencia. Los feminismos como práctica espacial. Cartilla 3. Quito (28 pp.)