Mesa-Redonda | GPS-CES
Polarização, autoritarismo e ofensivas antigénero na América Latina
6 de julho de 2022, 15h00 (GMT+1)
Evento em formato digital
Maria Amelia Viteri (Universidade de Maryland)
José Fernando Serrano-Amaya (Universidade de los Andes)
Gabriela Arguedas Ramírez (Universidad de Costa Rica)
Roger Raupp Rios (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS)
Mirta Moragas (Synergía)
Moderação: Gustavo Santos Elpes (CES)
Apresentação
Os ataques à chamada “ideologia de género” e as resistências a este avanço cognitivo-político anti-direitos configuram, no diverso espectro político-conjuntural dos países da América Latina, diferentes narrativas sobre a política sexual, cujos desdobramentos podem ser sentidos no curso da vida democrática.
A maturação deste ambiente político assume diferentes tonalidades, onde a retórica anti-género e estratégias diversas são mobilizadas de acordo com as características de cada contexto nacional. Neste cenário marcado pela disparidade, mas também por similitudes, podemos presenciar a articulação de redes de extrema-direita que se movem pela mobilização social de campanhas, movimentos e ativismos transnacionais com agendas anti-direitos sustentadas em pautas ultraconservadoras, a exemplo da “Con mis hijos no te metas” (criada no Peru e alargada para outros países da América Latina), ou ainda a “CitzenGO” (um braço internacional da associação espanhola de extrema-direita ultracatólica e de atuação global HazteOir), um think tank animado pela internacionalização da agenda política anti-género em território latino americano.
A partir de estudos de caso focados em diferentes países da América Latina, esta sessão tem por propósito debater as políticas anti-género, na sua diversidade e nas suas convergências, como um campo de análise social importante para a reflexão sobre as mobilizações de circuitos ativistas e académicos no enfrentamento aos movimentos (transnacionais) anti-direitos na América Latina. Igualmente importante será analisar os efeitos e as implicações das agendas anti-direitos e anti-género na esfera pública, assim como as estratégias de resistências e alianças contra a ampla agenda ultraconservadora de vocação antidemocrática cuja força gera uma plataforma de ação contra práticas e políticas orientadas para a igualdade e para a valorização da diversidade. A sessão irá, ainda, explorar como os ativismos de orientação conservadora criam cenários de insegurança jurídica através dos quais questões subjacentes à esfera da sexualidade e ao campo dos direitos reprodutivos tornam-se constitutivas para o debate sobre a liberdade de cátedra, a autonomia do pensamento e o futuro das liberdades públicas e individuais.
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Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória. No entanto, está limitada ao número de vagas disponíveis > https://us02web.zoom.us/j/84312237654?pwd=NjVGV29ib1RUV1dtQmZ6WkhmRG9Cdz09 | ID: 843 1223 7654 | Senha: 373044
Agradecemos que todas/os as/os participantes mantenham o microfone silenciado até ao momento do debate. A/O anfitriã/ão da sessão reserva-se o direito de expulsão da/o participante que não respeite as normas da sala.
As atividades abertas dinamizadas em formato digital, como esta, não conferem declaração de participação uma vez que tal documento apenas será facultado em eventos que prevejam registo prévio e acesso controlado.