Livro

«Não Posso Ser Quem Somos? Identidades e Estratégia Política da Esquerda» de Andrea Peniche, Cristina Roldão, Francisco Louçã e Bruno Sena Martins

Lançamento dia 13 SET, 15h, no Pavilhão da Bertrand Editora da Feira do Livro de Lisboa

Sinopse

Quando festejou a surpreendente vitória de Trump, o seu ideólogo e diretor de campanha, Steve Bannon, terá afirmado «quero que [eles] falem de antirracismo todos os dias. Se a esquerda está focada em raça e identidade e nós avançamos com o nacionalismo económico, esmagamo-los». Desde então, esta é uma discussão acesa: será que Bannon tem razão (e deve, então, a esquerda abdicar da defesa dos direitos sociais) e a direita ganhará sempre se instrumentalizar os nacionalismos imperiais e as religiões?

Em resposta a essas questões, neste livro discutimos vários processos de identificação, individual e social. Mostramos como se constroem à direita o discurso e as práticas do ódio, ou como estabelece o medo como norma social. Verificamos que a direita se radicalizou no tempo de Trump e de Bolsonaro por ser obsessivamente identitarista.

E discutimos como a democracia deve responder a este autoritarismo galopante, reconhecendo as identidades como experiência da diferença e como afirmação de direitos, mas não deixando de se bater também por uma política que constitua uma resposta inclusiva e universal, promovendo a distribuição social contra a desigualdade social e económica.

Assim, o livro defende que o modo de enfrentar o trumpismo é a conjugação entre reconhecimento de identidades que exprimem a vida de comunidades e uma alternativa socialista clara.

Baseando-se na experiência e debates dos movimentos feminista e antirracista, bem como de movimentos sociais das últimas décadas, os autores desafiam a maldição de Bannon e apontam caminhos para uma sociedade em que posso ser quem sou e podemos ser quem somos.