Moderação:  Teresa Toldy (UFP/CES)

Apresentação

Uma das formas mais evidentes de antifeminismo associado à religião e ao conservadorismo manifesta-se (como sempre se manifestou) na discussão, proibição e penalização dos direitos reprodutivos das mulheres. No passado mês de junho, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos pôs fim ao direito constitucional ao aborto no país, revogando o caso “Roe”, o que desencadeou reações de aprovação por autoridades e comunidades religiosas conservadoras, mas também uma onda de protesto no país e preocupação noutros países, dado ser mais um sinal do backlash aos direitos das mulheres que se manifesta em diversas regiões do globo. Neste sentido, é relevante ouvirmos também vozes de mulheres de outros países, nomeadamente países com leis restritivas ou mesmo sem legislação relacionadas com o aborto. A partir do contexto brasileiro, este webinar pretende, por um lado, abordar o papel das mulheres que se afirmam antifeministas e participam em movimentos e iniciativas ultraconservadoras contra os direitos das mulheres e, por outro lado, abordar formas de resistência às movimentações de restrição dos direitos das mulheres, incluindo por parte de mulheres pertencentes a comunidades religiosas e que lutam pelo reconhecimento do “direito a escolher”.


Notas biográficas

Isabel Felix | Pedagoga. Mestrado e Doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo - Brasil. Professora na área de Educação no curso de Pedagogia da UNIESP, na Cidade de Caieiras no Estado de São Paulo - Brasil. Trabalha de modo especial com as disciplinas Gênero e Sexualidade na Educação, Educação e Diversidade Cultural. Como professora de Teologia trabalhou com as disciplinas dos Estudos Bíblicos e outros textos sagrados assim como Teologia e Ciência. Como professora visitante no Programa de Pós-Graduação da Universidade Metodista de São Paulo (Maio 2016) trabalhou com a disciplina Teologias Feministas: diálogos contextuais e pós-coloniais na teologia e na Ciências da Religião. Na Educação Popular coordenou um Projeto de Alfabetização de Adultos na Prefeitura de Franco da Rocha, São Paulo. Atualmente é investigadora de pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde integra o Núcleo de Estudo sobre Democracia Cidadania e Direito e desenvolve um projeto de pesquisa intitulado: "Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo" - Uma análise retórico-crítica dos códigos domésticos de Colossenses e Efésios e de suas interpretações pentecostais contemporânea." Com financiamento da CAPES. Interessada, especialmente em Metodologia e Hermenêutica, Religião e Direitos Humanos e na relação entre Estudos Culturais, Estudos Feministas e uma hermenêutica antropológica de textos sagrados e outros textos.

Monise Martinez | Doutoranda em Estudos Feministas, editora de livros, copidesque e produtora de conteúdo de materiais didáticos. Trabalha nas interseções dos Estudos Feministas, da Comunicação e da Mídia e da Sociologia da Religião. Dedica-se atualmente aos estudos sobre midiatização do campo religioso brasileiro e o antifeminismo em contexto pentecostal e integra a equipe do GT POLICREDOS: Religiões e Sociedade (CES). Na edição, tem experiência com a concepção/produção de coleções de livros didáticos aprovados pelo PNLD-Brasil, com a concepção/produção de livros e materiais educativos voltados à sensibilização para questões de gênero idealizados por organizações feministas. Interessa-se também por temas e ações culturais no âmbito da literatura, participando e organizando saraus, ocupações literárias e publicações para sensibilizar as pessoas em torno de temáticas feministas, antirracistas e anticoloniais.

____________________________

Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória. No entanto, está limitada ao número de vagas disponíveis >  https://us02web.zoom.us/j/87408012910 | ID: 874 0801 2910  | Senha: 319938

Agradecemos que todas/os as/os participantes mantenham o microfone silenciado até ao momento do debate. A/O anfitriã/ão da sessão reserva-se o direito de expulsão da/o participante que não respeite as normas da sala.

As atividades abertas dinamizadas em formato digital, como esta, não conferem declaração de participação uma vez que tal documento apenas será facultado em eventos que prevejam registo prévio e acesso controlado.