Enquadramento

Nos últimos anos, estamos a presenciar o recrudescimento do ativismo religioso conservador como fenômeno global. Este movimento conta com alguns fenômenos em articulação com o Estado, cujo carácter de ativismo é conservador e busca  controlar e regular os corpos, a sexualidade e a família. Através de projetos de lei e diversas tentativas de interferência por meio de políticas públicas, esses movimentos têm conseguido influenciar a agenda política de direitos humanos, da liberdade sobre direitos e deveres do outro e sobre a diversidade. Em consequência, tais movimentos avançam sobre questões que compõem a democracia. Citamos aqui alguns exemplos de movimentos políticos visando institucionalizações deste tipo os projetos de lei em proposta no Brasil, como “a cura gay”, a Escola Sem Partido e ações de ataque às questões de saúde pública como a criminalização do aborto. Essas medidas, se validadas, caracterizam um retrocesso nos direitos humanos outrora foco de enfoques mais progressistas, humanos e democráticos.

Frente a esta realidade, o Policredos reafirma o seu compromisso com a democracia e promove uma diálogo sobre as consequências dos conservadorismos religiosos nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais. Visa-se, ainda, analisar o lugar e o papel dos ativismos de resistência. Esta atividade de diálogo será realizada com as teólogas feministas brasileiras Ivone Gebara e Isabel Félix. A apresentação e moderação ficarão a cargo de Tiago Pires Marques e Teresa Toldy. 
 

Programa

16h30 | Receção das convidads/os e apresentação

17h00 - 18h30 | Intervenções por skype de Ivone Gebara

18h30 - 19h30 | Debate com o público

Notas biográficas

Ivone Gebara é uma téologa brasileira e uma das principais referências da teologia da libertação e feminista 

Isabel Félix é teóloga e investigadora, estando actualmente a realizar estágio pós-doutoral no CES