Resumo

Nos meses que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, Portugal experimentou um surto de experiências autogestionárias no sector fabril. Desempregados, militantes comprometidos com a revolução socialista, e operários que lutavam por manter o seus postos de trabalho, promoveram iniciativas de autogestão de natureza diversa e, na maioria dos casos, de existência efémera. Neste seminário, discutir-se-ão os processos que deram vida a essas experiências e os factores que as levaram a um desaparecimento prematuro. Analisar-se-á também um raro caso de sucesso, que ilustra os desafios e as potencialidades da autogestão no Portugal de hoje.

Nota biográfica

Andrés Spognardi é investigador em pós-doutoramento no Núcleo de Estudos sobre Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades (POSTRADE) do CES. É graduado em Economia Política pela Universidade Nacional de Mar del Plata (Argentina), Mestre em Economia da Cooperação pela Universidade de Bolonha (Itália), e Doutor em Ciência Política Scuola Normale Superiore di Pisa [ex SUM] (Florença, Itália). Foi investigador trainee no Instituto de Investigações sobre a População e as Políticas Sociais (Roma, Itália), e visiting scholar na Universidade Columbia (Nova Iorque, EUA) e na Universidade de Valência (Espanha). Actualmente encontra-se envolvido num projecto de investigação de pós-doutoramento, financiado pela FCT, designado “Divergent Paths: A Comparative Study of Labor-Owned Industrial Firms in Portugal and Spain, 1970s-2010s”.