A Oficina de Ecologia e Sociedade do CES traz para a Biblioteca Norte-Sul três instalações artísticas e um documentário ativista que procuram lançar a reflexão sobre: Como a arte pode ser um elemento central da transformação ecosocial? De que forma a arte e a investigação em Ciências Sociais e Humanas, e em particular na área da ecologia política, se podem ligar e o que pode surgir dessa relação? Como o ativismo artístico pode contribuir para a arte deixar de ser somente uma representação, sendo parte integrante da luta pela vida?


Fruta sana, Cuerpos quemados - Soledad Castillero Quesada (Investigadora em Pós-doutoramento CES-UC)

Nota biográfica | Soledad Castillero Quesada: Doutorada em Antropologia Social e mestre em Cooperação para o Desenvolvimento pela Universidade de Granada. Acaba de integrar o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra como investigadora em pós-doutoramento. As suas linhas de investigação giram em torno da análise da produção agroalimentar intensiva e do seu impacto nos direitos sócio-laborais das pessoas e dos territórios. Trabalhou sobre o sector dos frutos vermelhos na província de Huelva através de um trabalho de campo do qual resultou a sua tese de doutoramento ""Impactos e agências da globalização alimentar: uma etnografia dos frutos vermelhos na província de Huelva"". E o seu livro, vencedor do Prémio de Investigação Blas Infante, ""Las sin Tierra. Quebrando o mito da musa andaluza".

Zona a Sacrificar - So Dias (artista)

Nota biográfica | So Dias: Desde que se lembra, So escreve com os pés e pinta com as mãos. Entre o mundo do design gráfico e da experimentação artística, nasceu o alter ego sou.o.outro, como parte de uma pessoa que não gosta de escrever biografias e que tende a desenhar o pensamento. Integrando atualmente a equipa da associação cultural Linha de fuga, enquanto designer gráfica residente, tem estado intimamente ligade a projetos associativos ao longo do seu percurso. Aproximando-se atualmente mais da experimentação artística, os seus últimos trabalhos têm girado à volta de temas como a identidade, hiperrealidade, extrativismos e a urgência de criar imagens de outros futuros possíveis através de um jogo entre abstração e atenção, forma e palavra.

Caminhos para a investigação engajada em lutas ecológicas em Portugal -  Teresa Meira (Investigadora Colaboradora CES/ECOSOC)

Nota biográfica |  Teresa Meira: Investigadora que nasceu no Rio de Janeiro, cresceu em Lisboa, e que teve formação acadêmica interdisciplinar que passou pela economia ecológica, engenharia do ambiente e pelo teatro. Participa da organização de encontros entre investigadores, artistas e ativistas para construir espaços de resistência política por justiça ambiental.


Fragmentos Baldios - Fernando Amaral (antropólogo visual engajado em vídeo- ativismo de causas eco-sociais)

Nota biográfica | Fernando Amaral Antunes: nascido em 1975, cresceu imerso na atmosfera dinâmica de ativismo eco-social, influenciado pelos pais antropólogos e jornalistas. Desde cedo, absorveu a arte da fotografia, aprimorando suas habilidades em diversos ateliês, incluindo a Apordoc e a Ar.Co. No final dos anos 1990, mergulhou nas artes cinematográficas e televisivas na Universidade Aberta, posteriormente contribuindo com seu talento na RTP. Em 2015, dedicou-se ao estudo da antropologia, culminando em um mestrado em Antropologia Visual em 2023. Após perder sua casa nos devastadores incêndios florestais de 2017, redirecionou sua energia para o vídeo ativismo, comprometendo-se a investigar com video questões ambientais e sociais. Desde 2018, sua paixão pela narrativa visual tem sido um veículo poderoso para promover mudanças, consciencialização e assim dando visibilidade a causas ecológicas e sociais e seus atores.


 Parceria entre a Biblioteca Norte/Sul e o Grupo de Trabalho ECOSOC-Oficina de Ecologia e Sociedade