Resumo

Clive Spash utiliza a pandemia da COVID-19 como um indicador dos limites atuais das economias capitalistas baseadas na exploração da natureza e dos seres humanos, mas também da estreiteza e inconsequência das teorias económicas que advogam e legitimam o crescimento económico mesmo em tempos de crises múltiplas e sistémicas.

A financeirização da economia revelou na atual crise pandémica a lógica competitiva, agressiva e desigual do capitalismo e, paradoxalmente, o nacionalismo das políticas económicas e das cadeias de abastecimento. O crescimento económico sustentável, verde e inclusivo emerge como um logro, sobretudo num contexto que acentua os limites da realidade biofísica e dos recursos naturais.

Clive Spash conclui optimistamente sobre a possibilidade da presente crise conduzir a uma reflexão e a uma mudança de paradigma, baseado agora na provisão para todos das necessidades básicas e num modo de produção social e ecologicamente ético.