Sexualidade e saúde são termos que podem remeter a uma materialidade física e fisiológica do corpo. Contudo, desde as obras de Michel Foucault, passou-se a reconhecer uma dimensão da governamentalidade que constitui condições discursivas de emergência do sujeito e de suas materialidades. A sexualidade e a saúde são organizadas politicamente por meio de discursos e práticas sociais que não necessariamente se resumem à biomedicina, como aqueles que constituem o que é bem-estar, identidade, gênero, raça, etc. Estudos atuais sobre linguagem e discurso oferecem percursos metodológicos para se analisar sexualidade de maneiras inter e transdisciplinar. Essa sessão da SHARP Talks se concentra nessa dimensão discursiva da saúde e da sexualidade, trazendo pistas metodológicas e exemplos de análise com abordagens variadas a partir da performatividade, sociolinguística, análise crítica do discurso, representações, e apontando suas contribuições inter/transdisciplinares para pesquisas comprometidas com problemas sociais.


Notas biográficas

Danillo Silva é professor de Linguística Aplicada e Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL), Brasil. Obteve os títulos de Doutor e Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Sergipe. Realizou estágio de investigação doutoral no Programa Interdisciplinar de Linguística Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PIPGLA/UFRJ) em 2021. Foi pesquisador visitante junto ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/UC), Portugal, 2021-2022. É especialista em Educação em Gênero e Direitos Humanos pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia (PPGNEIM/UFBA). É um dos atuais diretores da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB), (Gestão 2023-2025). É Editor Associado do periódico Trabalhos em Linguística Aplicada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/Scielo). Lidera o Nexus Lab - Laboratório de Pesquisa em Linguística Aplicada e Sociedade (IFAL/CNPq), a partir do qual tem conduzido pesquisas em nível de graduação e pós-graduação, no âmbito da Linguística Aplicada e dos estudos do discurso, que investigam as intersecções entre práticas de linguagem, gênero, raça e sexualidade, dentre outros marcadores sociais da diferença implicados em plataformas políticas de direitos humanos e justiça social na América Latina e em outros territórios do Sul Global.

Monise Martinez é doutora em Estudos Feministas e pesquisadora colaboradora no Centro de Estudos Sociais, com experiência como professora de produção textual, editora, revisora e produtora de conteúdo para materiais didáticos. Como pesquisadora, interessa-se por temas como mídia, política e religião, com foco nos estudos sobre midiatização, pós-feminismo e antifeminismos no Brasil. Integra o grupo de trabalho Policredos: Religiões e Sociedade, no CES, e o grupo REMAR: Religião como marcador social na Universidade Federal de Minas Gerais. Colaborou com mais de dezoito editoras no mercado editorial brasileira, atuando como revisora de livros de ficção e ciências sociais, além de conteudista em coleções do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). No campo cultural, utiliza a literatura como meio privilegiado para sensibilizar pessoas em torno de temáticas feministas, antirracistas e anticoloniais, tendo coorganizado saraus, ocupações literárias e projetos-livros independentes em Coimbra, entre 2016 e 2022. É autora de duas plaquetes de poemas, Fogo de Santelmo (Urutau, 2021) e Bosque dos constituintes (Mormaço, 2024), e tem textos e poemas publicados em coletâneas.

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Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória. No entanto, está limitada ao número de vagas disponíveis > https://zoom.us/j/83134999819 | ID: 831 3499 9819 | Senha: 774273

Agradecemos que todas/os as/os participantes mantenham o microfone silenciado até ao momento do debate. A/O anfitriã/ão da sessão reserva-se o direito de expulsão da/o participante que não respeite as normas da sala.

As atividades abertas dinamizadas em formato digital, como esta, não conferem declaração de participação uma vez que tal documento apenas será facultado em eventos que prevejam registo prévio e acesso controlado.