Este evento, com a presença de Geo Britto, diretor teatral e membro da coordenação da Escola de Teatro Popular, que durante muitos anos trabalhou com Augusto Boal, será composto por um debate e uma oficina de teatro à tarde.

No debate, procuramos desvendar as bases históricas marxistas do Teatro do Oprimido e a sua relevância na atualidade. Geo Britto apresentará o seu recente livro "Augusto Boal e a formação do Teatro do Oprimido", que traça uma arqueologia para tentar entender como a estética marxista, os debates, a teoria, a prática e os momentos históricos vividos por Boal influenciaram a formação, a construção e a sistematização do Teatro do Oprimido. Procuraremos, a partir dessa história, dialogar com a realidade contemporânea: qual a sua relevância pedagógica na construção dos novos movimentos sociais, qual a sua relação com a política prefigurativa, qual a sua relação com o neoliberalismo.

A sessão da tarde consistirá numa dinâmica prática de Teatro do Oprimido (TO). Geo Britto e Roberta Scatolini pretendem, numa dinâmica coletiva com os demais participantes, mostrar o teatro como ferramenta de trabalho político, social, ético e estético, essencial para a transformação social.

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Programa

11:00 - 13:00: O Teatro do Oprimido e o Marxismo

Intervenientes:
- Geo Britto (Escola de Teatro Popular)
- Jonas Van Vossole (Investigador no CES)
Comentários e moderação: Roberta Scatolini (CES)

14:30 – 17:00: Oficina prática de Teatro do Oprimido
Os/as interessados/as em participar deverão efetuar inscrição inscrição para o email robertascatolini@gmail.com | minimo de 10 e máximo de 30 participantes.

Dinamizadores:
- Geo Britto (Escola de Teatro Popular)
- Roberta Scatolini (Psicóloga e doutoranda no CES)
- Daniel Nadai (Escola de Teatro Popular)

Notas biográficas

Daniel Nadai – Membro da Coordenação da Escola de Teatro Popular (ETP).  Dá oficinas de Teatro do Oprimido e Teatro Épico. É formado em Economia pela UFRJ e mestrando em Economia pela UFRJ.

Geo Britto – Fundador e Membro da Coordenação da Escola de Teatro Popular (ETP). Trabalhou no Centro de Teatro do Oprimido (CTO) por 32 anos, sendo 20 destes com Augusto Boal. Realizou palestras, oficinas e apresentações teatrais na Palestina, Bolívia, Moçambique, Egito, Índia, África do Sul, Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru, México, Guatemala, Croácia, Polônia, Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Suécia, Canadá e Estados Unidos. Mestre em Artes pela UFF, doutorando em Teatro pela USP e pai de gémeos.

Roberta Scatolini – Psicóloga clínica especializada em Psicodrama, mestre em Educação pela PUC/SP, tem formação em Teatro e atua como Educadora Popular, pesquisadora, curinga e formadora de Teatro do Oprimido desde 1997. Trabalhou como coordenadora pedagógica no Instituto Paulo Freire/SP entre 2006 e 2015, onde foi Secretária de Cultura e coordenou as oficinas artístico-culturais para formação dos profissionais de educação de algumas cidades de São Paulo. Atualmente, faz doutoramento nos Estudos Feministas (FLUC/CES) com a pesquisa "Educação Popular e corporeidade: diálogos possíveis para uma práxis de educação feminista".

Jonas Van Vossole – Economista, cientista político e sociólogo marxista luso-belga. Foi pesquisador da Associação da Universidade de Ghent para Estudos de Partidos e Participação (GASPAR) e o seu percurso tem tido profundas ligações com o Brasil. Os seus principais temas de pesquisa são teoria democrática, movimentos sociais, trabalho, marxismo, ecologia política e movimentos prefigurativos. Doutorou-se em Ciência Política (democracia no século XXI – CES/FEUC) pela Universidade de Coimbra e é atualmente pesquisador individual da FCT no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, co-coordenador do laboratório de Ecologia e Sociedade (ECOSOC) e coordenador regional para a região centro da Associação Portuguesa de Economia Política.