Comentários: Pedro Hespanha e Luciane Lucas dos Santos (CES)


Apresentação

Nesta oficina serão apresentados os resultados parciais da pesquisa de doutoramento sobre a produção do espaço metropolitano pelas iniciativas coletivas de agroecologia em Porto Alegre. Nesta e em outras metrópoles brasileiras, o movimento agroecológico vem se apresentando como campo relevante de disputa pelo “bem-viver” na cidade.

A pesquisa se concentra, especialmente, nas experiências concretas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre. Trata-se de práticas cooperativas que foram se sobrepondo ao longo dos últimos vinte anos, tais como: 1) a produção orgânica e a certificação coletiva; 2) a logística de comercialização (feiras ecológicas, lojas em áreas centrais, distribuição de cestas e mercados institucionais); 3) a construção de agrovilas e agroindústrias e 4) a produção de serviços urbanos ecológicos.

Serão privilegiadas as interações campo-cidade e a produção de infraestruturas em duas cadeias produtivas: a do Arroz Ecológico e a das Hortas e Frutas. Pretende-se visibilizar as práticas cooperativas que compõem o sistema alimentar do MST em suas diferentes escalas de atuação - local, regional e nacional.


Nota biográfica

Fernanda Petrus é doutoranda na Universidade de Coimbra, tendo como instituições de acolhimento de sua pesquisa o Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e o Centro de Estudos Sociais (CES). Graduada em Arquitetura e Mestre em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É integrante do Grupo de Estudos sobre Economia Solidária do CES (ECOSOL/CES) e do Núcleo de Solidariedade Técnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Soltec/NIDES/UFRJ). Desenvolve pesquisas e projetos de extensão universitária com ênfase nos seguintes temas: autogestão urbana; movimentos sociais; direito à cidade e economia popular e solidária.