Moderação: Livia Almendary (CES)

 
Apresentação

A poesia, em muitos contextos do Sul Global, tem sido uma ferramenta de comunicação e transformação social, um megafone para fazer escutar a voz de pessoas silenciadas. O poeta Ferreira Gullar diz: “só é justo cantar quando seu canto arrasta consigo pessoas e coisas que não têm voz".

O escritor, poeta e articulador cultural Cleyton Mendes propõe um encontro para debater a importância dos saraus e slams (batalhas de poesia falada) em periferias de cidades brasileiras, em particular São Paulo, e seu trabalho com poesia em presídios e escolas públicas.

Também lança seu livro “África é logo aqui", um diário de bordo sobre sua viagem a Moçambique, com relatos da experiência de um jovem poeta, filho da diáspora africana, que regressa ao continente mãe.

Notas biográficas

Cleyton Mendes nasceu em Poá, São Paulo, Brasil; é formado em Publicidade e Propaganda, poeta, slammer e mestre de cerimônia. Trabalhou nos Correios, onde desenvolveu um projeto autoral de entrega de poesias com as correspondências. Com ele próprio se descreve, traz em sua obra, além de muita re-existência, uma mistura de ancestralidade, boemia, reflexão, saudade e amor pelo que faz! Desde 2015, participa de slams e é idealizador e mestre de cerimônias do sarau Pense Já e do Afrônt Poesia. Teve a oportunidade de realizar intercâmbios culturais na África do Sul e Moçambique em 2018, e na Irlanda em 2019. Tem quatro livros publicados e trabalha com iniciação à poesia e incentivo à leitura junto a jovens de escolas públicas.

Livia Almendary é doutoranda em Pós-Colonialismos e Cidadania Global no CES, e pesquisa as intersecções entre juventudes, cinema, artivismo e comunicação no Sul Global. É cofundadora e codiretora do Instituto Taturana, uma distribuidora de filmes com foco em impacto social.


Iniciativa no âmbito do Programa de Investigação «Epistemologias do Sul»