July 30, 2014

Post-Colonialisms and Global Citizenship

Boaventura de Sousa Santos e Pedro Hespanha

Essa pesquisa tem como ponto de partida uma análise sobre a reforma agrária enquanto bandeira política dos movimentos campesinos e política pública do Estado a partir de dois casos, o Assentamento 17 de Abril, em Eldorado dos Carajás e o movimento de ocupação de terras em Beja nos anos seguintes ao 25 de Abril de 1974. A análise comparativa se aprofundará em dois prismas. O prisma temporal abrangerá as diferenças do que se convencionou chamar de modelo clássico da reforma agrária e como se pode pensar uma reforma agrária nos dias atuais. As diferenças do que era a reforma agrária na década de 1970 e o que é a reforma agrária hoje é um dos pontos fundamentais para se compreender as metamorfoses das relações terra, capital e trabalho. O prisma espacial enfocará, ainda, as particularidades dos movimentos campesinos em cada país, as suas relações com o Estado, os conflitos com as forças de oposição à reforma agrária, além das opções produtivas desencadeada após a consolidação da unidade de produção pelos campesinos.