Apresentação

Pensar a comida é ver o mundo fora da caixa. Implica questionar o que é, ou são, a(s) soberania(s) alimentar(es). Implica refletir sobre as formas como a circulação de alimentos e de receitas teve e tem impacto na circulação de ideias e de saberes, na construção de fronteiras e dos nacionalismos. A experiência dos alimentos, sua preparação e consumo, é marcada por emoções,experiências e saberes que, muitas vezes, são desvalorizados e subalternizados, mas que enformam mundividências que desafiam a noção de conhecimento e de epistemologia dominantes. É preciso pensar, repensar e despensar a comida, os alimentos e as dietas alimentares de modo a pensar, repensar e despensar a história, a política, a sociedade, nós e as/os outras/os. É este o objetivo deste ciclo de oficinas.


Programa

Ana Raquel Matos (Moderação/Discussão)

António Carvalho: Os nutrientes do Antropoceno: alimentação, estética e ontologia

Luciane Lucas dos Santos: Mulheres indígenas e um olhar alargado sobre o cuidado: dietas alimentares e a relação com o sagrado