Resumo

Em termos socioculturais, o risco é um conceito político/cultural central nas sociedades ocidentais que organiza, monitora e regula indivíduos, grupos sociais e instituições. Além disto, se constitui como aspeto importante da subjetividade e da existência humana, é considerado como algo passível de gestão e de intervenção humana e está associado às ideias de escolha, responsabilidade e culpa. Os discursos acerca do risco refletem a insegurança contemporânea, enfatizam a primazia das certezas geradas pelos dispositivos lógico-empiricistas da ciência moderna, desvelam os paradoxos e ambivalências de nossa época e representam a cultura hiperpreventiva dominante, vista como algo dado que “naturaliza” a vida nas sociedades modernas.


Nota biográfica

Luis Castiel - Doutor em saúde pública; pesquisador do Depto. de Epidemiologia da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz (Brasil), professor dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Pública e Epidemiologia em Saúde Pública da mesma instituição

Nota: Atividade no âmbito do projecto BIOSENSE, do Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade (NECES)