Resumo

As grandes transmissões televisivas associadas no Ocidente a eventos considerados pela sociedade como críticos ou catastróficos apresentam semelhanças estruturais, textuais e da recepção por mais diferentes que sejam os factos e as circunstâncias em que ocorrem, permitindo identificar um género televisivo: a tragédia televisiva. As catástrofes são recorrentes, apesar de inesperadas, e são marcantes, apesar de efémeras. O mesmo sucede com as emissões televisivas. A análise partiu de acontecimentos muito diferentes ocorridos em 2001: a queda da Ponte Hintze Ribeiro, em Portugal; e os ataques terroristas nos Estados Unidos. Entre os temas em análise destacam-se a construção da tragédia pela televisão, a exibição da morte, as personagens da tragédia, a dimensão emocional, os comportamentos dos espectadores e o lugar da gestão política dos eventos em relação com os media.

Nota biográfica

Eduardo Cintra Torres é Doutorado em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Formação em História (FLUL) e Comunicação (ISCTE-UTL). Professor assistente na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa desde 2004. Autor de inúmeros artigos e capítulos de livros e autor de 13 livros, os últimos em 2011: Televisão e Serviço Público e, como co-autor, A Vida como um Filme: Fama e Celebridade no Século XXI.  In 2012 será publicada a dissertação de doutoramento, A Multidão e a Televisão: Representações Contemporâneas da Efervescência Colectiva. Jornalista desde 1983. Crítico de cultura, media e televisão no Público (1996-2011) e no Correio da Manhã (2011-) e de publicidade no Jornal de Negócios (2003-). Autor de programas de TV e de rádio e ainda de materiais pedagógicos para o Ministério da Educação.

Entrada Livre


Comissão Organizadora: Iniciativa conjunta entre o Centro de Trauma e o Mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos da Universidade de Coimbra.