daniel matos
UM ENGOMADOR DE OVOS ATENTA NO FERVOR
DE UM CONTRABAIXO A NASCER POR ENTRE ONDAS DE CHUVA
AMARRADA
OS CAVALOS NUPCIAIS ROEM NAS CORDAS AOS OSSOS,
ESCORREGA-LHES A CARNE
PARA OS PÁRA-QUEDAS EM FILA
- DESFIBRAM À BAINHA VERMELHA DE UMA GALÁXIA
água
pianotada
à nudez :
a fazer-se
tecido ao fundo
de imagem – máscara húmida so
-. de espelhos a arderem diante da
em fuga pela desOrdem dO Tempo.
roda
um ramo de ondas do corpo.
desce
o bailarino na coreografia da paisagem de um ramo
de máscaras.
desce,
os pés so
todo o movimento impressivo de uma pintura na ausência
coreografada.
pela energia viva dos espelhos vivos,
pela energia viva dos espelhos de osso – película
do movimento com o seu traço espelhado
da água atravessada ao Tempo. o mesmo plano da água
na recolha de imagens pianotadas ao fundo,
com o desenho da dança ao alto. ramo de ondas dos espelhos
para a vida, ramo de ondas a volver à morte -.
dança corrosiva
sobre o álbum autofotográfico
ao movimento dos objectos diante de reflexos em fogo –
a percussão de imagem a imagem. o mapa percutor
de toda a energia
da imagens -. campo cinematográfico
ao a
a flamejar o corpo entre as ondas abertas
das máscaras.
caverna da ausência
para o dançarino do fogo
centrado
ao sopro
do movimento entre irradiação de imagens -.
mãos nas tintas arrancadas aos mapas
de desenho
para a dança de toda a matéria
toda – ao vento : pista animal
da fuga à paisagem
para uma exposição à vertigem da nudez :
por arcos de palavras,
por ramos de tintas (a)os espelhos a serem trabalhados
- : película
meta-orgânica em infusão a toda a Física,
a Quântica mercuriada – a forma ao ritmo
de uma expiração instrumentada
à origem. Música. da pedra à água progressiva ao fundo
do campo de imagem.
ou que, como dizer, que entre o mais alto e profundo ritmo capsular
da pele - :
a fonte
motriz
da matéria à ordem esferiaçada.
uma dinâmica
inventiva na dinâmica de ebolição
de uma palavra. a massa expansiva – dos espelhos
Voltados –
Daniel Matos, nascido em 1975, Oliveira do Hospital / Coim
Frequentou a Oficina de Poesia ( tendo feito parte do grupo inicial antes ainda da existência da Oficina de Poesia como curso livre da FLUC ) durante vários anos, grupo com o qual mantém ainda contacto.
Publicou um livro de poesia "POEIRA CORPO", 2007, Palimage.
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