Patrícia Ferreira foi distinguida com o Prémio Fundação Eng. António de Almeida para a melhor tese de doutoramento da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), pelo trabalho «Quando os profissionais de saúde vão além da doença: diálogos e traduções entre o "local" e o "global" para novas formas de promoção da saúde», cuja investigação foi desenvolvida no âmbito do Programa de Doutoramento «Governação, Conhecimento e Inovação».

Orientada por João Arriscado Nunes e Cláudia Souza, e apresentada em provas públicas em 17 de junho de 2021, propunha «uma contribuição reflexiva e multidisciplinar centrada na urgência de outra saúde global, capaz de reconhecer a diversidade de contextos em que os seus problemas se manifestam, assim como os processos biológicos, sociais, políticos, culturais e ecológicos que complexificam e marcam a necessidade de melhores intervenções neste campo.»

Por este galardão, financiado pela Fundação Eugénio de Almeida, foram-lhe atribuídos 1500 euros e a possibilidade da publicação da tese em livro.


Nota biográfica

Patrícia Ferreira estudou Biologia e Comunicação de Ciência e doutorou-se em "Governação, Conhecimento e Inovação - ramo Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia". Atualmente, é investigadora em pós-doutoramento no CES-UC, integrando a linha temática "Risco(s), Ecologias, Saúde", e investigadora colaboradora do Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas(Fiocruz/Rio de Janeiro). A partir dos estudos sociais sobre a saúde e da medicina, da antropologia médica e dos estudos críticos sobre a saúde global, o seu trabalho interdisciplinar sobre conhecimento e sociedade foca-se nas práticas de conhecimento e de comunicação que intersectam a investigação social e epidemiológica sobre o campo das doenças infecciosas. Dedica-se, também, à promoção de diálogos e colaborações entre ciência e sociedade nos campos da ecologia, alimentação e, mais recentemente, da igualdade de género.