Resumo

Neste seminário será discutido como tem sido recebido na Europa o discurso pós-colonial e descolonial. A partir da experiência de desassossego que este discurso tem provocado entre os intelectuais europeus, reflectir-se-á sobre os aspectos que este discurso põe em questão.

A análise centrar-se-á em dois aspectos: a questão do capitalismo e a questão do tempo histórico. Em relação ao primeiro aspecto, considerarei a viragem epistémica operada pela filosofia moderna e a sua defesa do universalismo da razão humana; em relação ao segundo aspecto, incidirei sobre a crítica de Chakrabarty ao tempo histórico na sua matriz europeia-imperial. Serão avançadas algumas conclusões provisórias a partir das críticas propostas por feminismos ‘outros’ que nos obrigam a “provincializar” Europa.

    
Nota biográfica

Montserrat é professora catedrática de filosofia da Universidade Complutense de Madrid, onde co-coordena o Grupo de Investigação “Globalização e movimentos sociais”; co-directora da revista virtual Youkal e integrante da “Universidade Nómada”. Montserrat foi professora visitante em diversas universidades: Bremen y Bochum, Berlim, Amesterdão, Urbino, Paris, Berkeley. Na actualidade trabalha sobre a crítica ao eurocentrismo no pensamento decolonial e pós-colonial. Publicações destacadas: La invención del marxismo (Madrid: Iepala, 1997); Innovación tecnológica y sociedad de masas (com M. Domínguez Sanchez-Pinilla, Madrid: Síntesis, 1997); Silencio y olvido. El pensar de Heidegger durante los años treinta (Hondarribia: Hiru, 2005); Deseo [y] libertad (Madrid: Traficantes de sueños, 2009); Spinoza contemporáneo (com Espinoza Pino, M.; Madrid: Tierradenadie, 2009). Tem publicados varios artigos nas revistas: Europäische Enzyklopädie zu  Philosophie und Wissenschaften (1990), Historisch-kritisches Wörterbuch des Marxismus (1998 y 2007) e  Actuel Marx; assim como nas revistas em castelhano: Logos, Archipiélago, Nómadas (Colombia), entre outras.