Universidade de Verão
Redes Sociais - da abordagem institucional à participativa
15 a 18 de setembro de 2010
São Brás de Alportel
O Programa Rede Social, implementado a título experimental a partir do início do ano 2000, tem sido decisivo para a adopção de uma lógica de intervenção que pensa os problemas sociais na sua multidimensionalidade e nos contextos territoriais específicos em que ocorrem.
Tendo por base estes dois pressupostos, o Programa arranca com a proposta de criação de parcerias estratégicas entre autarquias, serviços públicos desconcentrados e entidades particulares sem fins lucrativos, como base impulsionadora da descentralização, da territorialização e da mobilização conjunta de recursos para o combate à pobreza e à exclusão social.
Outro dos elementos essenciais desta política pública reside na promoção de um planeamento integrado e sistemático da intervenção conjunta dos agentes locais, procurando, desse modo, contrariar as acções avulsas e normalmente muito sectoriais que caracterizaram a intervenção social em Portugal durante as décadas de 80 e 90.
Embora a várias velocidades e com níveis de consistência diferenciados, foi por via do Programa que começaram a emergir os primeiros Diagnósticos e Planos de Desenvolvimento Social de âmbito municipal, em Portugal.
No início foi notória a fragilidade das Redes Sociais em termos de competências instaladas na área do planeamento social a nível local. Os primeiros documentos produzidos são reveladores dessa situação. Embora não seja uma questão inteiramente resolvida, são hoje evidentes os progressos efectuados pelos diferentes actores locais no domínio dos instrumentos e das técnicas de planeamento social.
Passados cerca de 10 anos o balanço é certamente muito positivo. Existem, no entanto, novos e velhos reptos que importa ter presentes e para os quais é necessário encontrar respostas actuais.
A abordagem mais comum das Redes Sociais aponta para o desenvolvimento de parcerias que envolvem normalmente as autarquias, serviços públicos desconcentrados e instituições do sector solidário. Estes têm sido os actores chave do Programa. De fora ficam, na maior parte dos casos, a população, grupos informais de cidadãos e o sector empresarial. Pelas características e motivações de cada um destes actores, compreende-se a dificuldade sentida pelas Redes Sociais em envolvê-los e integrá-los no processo de planeamento e nas intervenções sociais.
Contrariar a situação anteriormente referida é o objectivo desta segunda edição da Universidade de Verão. Centrada no percurso efectuado pelas Redes Sociais mas sobretudo nos caminhos de futuro, pretende-se este ano reflectir sobre boas práticas de intervenção comunitária, promotoras da participação da população e das empresas em processos de planeamento e na criação de resposta para os problemas sociais.
Definiu-se para tal um programa bastante ambicioso e rico na diversidade dos actores, das abordagens, dos instrumentos e dos projectos. E conta-se, para o efeito, com a presença de experiências nacionais e estrangeiras, que constituem uma mostra de soluções sociais inovadoras úteis para o trabalho desenvolvido pelas Redes Sociais. Fala-se em concreto de experiências promovidas no âmbito de processos de Agendas 21 Locais, centrados na participação dos cidadãos com vista à sustentabilidade dos territórios; de mecanismos de dinamização e participação comunitárias; de dispositivos de economia solidária baseada em sistema alternativos de produção e de consumo; de circuitos curtos de produção e consumo locais, como forma de satisfazer necessidades pessoais e incrementar a economia local; de sistemas comunitários de produção em contextos urbanos, entre muitos outros aspectos. A dinamização destes e de outros temas estará a cargo de diferentes actores, provenientes de autarquias, de organizações da sociedade civil, assim como de empresas.
Esta edição da Universidade de Verão destina-se, deste modo, a públicos muito diversos, em particular a Eleitos locais, técnicos das autarquias e de organizações da sociedade civil, empresários, professores e estudantes, assim como a cidadãos interessados e empenhados em despoletar processos de dinamização comunitária nos territórios onde vivem.
Esta Universidade de Verão é promovida por uma parceria composta pela Associação In Loco o Instituto de Segurança Social, IP. e o Centro de Estudos Sociais.
Programa
Inscrições
Condições de Participação
- Para todos os dias:
60€ por participante;
30€ para desempregados, estudantes e reformados (com comprovativo da respectiva situação).
- Para um dia:
30€ por participante
20€ para desempregados, estudantes e reformados (com comprovativo da respectiva situação).
Inclui a participação, documentação e certificado.
As inscrições são limitadas à capacidade da sala.
Onde ficar
Como chegar
Transportes
Rede Nacional de Expressos
Comboios de Portugal
Eva Transportes
Para mais informações:
Associação IN LOCO
Avenida da Liberdade, 101
São Brás de Alportel, Portugal
Tel. (+351) 289 840 860
Fax. (+351) 289 840 879
E-mail: filipa.mendes@in-loco.pt