Em 2018 é criado o Centro de Recursos de Stress em Contexto Militar (CRSCM), consagrado no estatuto do Antigo Combatente em 20 de Agosto 2020, pelo Decreto-Lei nº 46/2020. O CRSCM “foi criado assente numa perspetiva multidisciplinar abrangendo as áreas médica, psicológica, social e político-jurídico, com o objetivo de recolher, organizar, produzir e divulgar conhecimento disperso sobre a temática do stress em contexto militar” (CRSCM, 2020). De modo a alcançar os objetivos elencados, diferentes universidades e centros de estudos foram chamados a participar do projeto, com equipas responsáveis por diferentes áreas do conhecimento, que articularam entre si a elaboração de um plano de trabalho comum, dividido consoante as diversas áreas de atuação.
O Observatório do Trauma/CES integra o CRSCM desde a sua criação, em 2018, dedicando-se a estudar e a propor práticas de prevenção, tratamento e reabilitação de quadros patológicos decorrentes do impacto de fatores de stress durante a vida militar.
Nos primeiros anos, a equipa, formada pela coordenadora, a psiquiatra Luísa Sales, e as investigadoras Joana P. Becker e Camila Borges, teve como foco as práticas da medicina e psiquiatria em contexto da Guerra Colonial, no âmbito do projeto Práticas da Medicina e Psiquiatria em Contexto da Guerra Colonial: Memórias do Terreno.
Atualmente, a equipa é coordenada por Joana P. Becker e tem como investigadores Bruno Machado e Inês Moço.
Além de concluir os estudos anteriores, delineados no âmbito do projeto, a equipa dedica-se a um novo projeto, Práticas de intervenção terapêutica perante patologias psíquicas decorrentes de experiências de stress em contexto militar (PIT). O objetivo é identificar, caracterizar e aferir a eficácia das intervenções médicas, recentes ou em desenvolvimento, para o tratamento de patologias desencadeadas por experiências traumáticas, especificamente PTSD.
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