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O Sindicalismo metalúrgico, o "Festival de Greves" e as possibilidades do contrato colectivo nacional
Roberto Véras - Brasil
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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical realizaram no segundo semestre de 1999 um "festival de greves" dos metalúrgicos pela adoção de um contrato colectivo nacional para o sector automobilístico. As centrais sindicais argumentam que as diferenças de salário e de condições de trabalho existentes entre os Estados estimulam, em um contexto de reestruturação e descentralização da indústria automobilística no país, a perda de postos de trabalho nas regiões onde historicamente estava concentrada. Ao mesmo tempo, alimentam, nas regiões onde se instalam as novas fábricas, a utilização de recursos públicos pelas empresas sem a contrapartida da criação de empregos com o mesmo padrão de remuneração e de benefícios sociais e na mesma proporção dos postos fechados. Dada a relevância do sector automobilístico para a economia do país e para as duas Centrais envolvidas discutem-se, neste capítulo, os sentidos da referida campanha para o momento actual do sindicalismo brasileiro, naquilo que se refere ao mérito da proposta e às estratégias adoptadas.
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